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Marina Silva ressaltou que o seu novo partido irá defender  tudo aquilo que defende na política. | Vagner Campos/DIV
Marina Silva ressaltou que o seu novo partido irá defender tudo aquilo que defende na política.| Foto: Vagner Campos/DIV

A ex-candidata presidencial Marina Silva repetiu que a proposta do seu projeto de partido, Rede Sustentabilidade, é se financiar com recursos públicos e de doações de pessoas físicas. Ela afirmou que em breve a Rede terá um congresso e disse não ter dúvidas de que essa proposta será aprovada formalmente.

Marina Silva descarta candidatura em 2016

Prestes a formalizar a criação da Rede Sustentabilidade, ex-senadora não descarta, porém, concorrer pela terceira vez consecutiva à Presidência da República.

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Em debate após uma palestra que fez sobre sustentabilidade da Câmara Municipal de São Paulo, Marina ouviu um questionamento duro de uma simpatizante que criticou o fato de ela ter recebido através do PSB, no ano passado, doações de empreiteiras para sua campanha. Marina não respondeu diretamente, mas afirmou que a questão das doações individuais depende de um processo. “É um processo longo, educativo, difícil, mas é aposta que estamos fazendo. Não vamos ter fundo partidário, mas vamos ter um fundo voluntário. A Rede é uma tentativa de contribuir com esse debate.”

Marina reclamou que a Rede sofrerá com uma legislação criada para prejudicar novas legendas, já que os parlamentares que migrarem para a nova agremiação, segundo a legislação mais recente, não levarão tempo de TV e fundo partidário. Ela reclamou ainda que, quando da criação do PSD, de Gilberto Kassab, a “mais alta Corte do País”, uma referência ao Tribunal Superior Eleitoral, possibilitou que a legenda ganhasse o tempo e o recurso dos novos filiados.

Marina se disse esperançosa da criação formal da Rede. O grupo entregou recentemente as assinaturas de apoio que faltavam ao TSE e trabalha com a expectativa de receber a certificação de partido político até o fim deste mês. Em 2013, a Rede não conseguiu reunir as assinaturas necessárias para se tornar partido a tempo das eleições de 2014, levando Marina a se aliar ao PSB de Eduardo Campos.

Crise

Questionada sobre o momento de crise econômica e política, Marina disse que “não é o momento de tirar proveito da crise”, mas defendeu um trabalho conjunto pelo País. Também fez uma recomendação indireta ao governo Dilma Rousseff na condução da economia. “Não é momento de ficar preocupado com popularidade, mas de recuperar credibilidade”, afirmou.

“Governo levou o país ao período pré-industrial”

Ex-candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva fez nesta terça-feira (9) severas críticas à presidente Dilma Rousseff e afirmou que o governo levou o país de volta “ao período pré-industrial”. Em um evento sobre meio ambiente na Câmara Municipal de São Paulo, Marina criticou a condução do ajuste econômico feita pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e afirmou que os cortes são mais profundos porque o governo “perdeu a credibilidade”. Marina ainda considerou “medidas sobre o leite derramado” o Plano de Concessões de Obras anunciado pelo governo federal.

“O que está acontecendo é muito grave. Nós estamos vendo milhares e milhares de postos de trabalho desaparecerem da noite para o dia, a população está ficando cada vez mais endividada, quando vai ao supermercado o salário está ficando cada vez menor em função da inflação. Esse é o momento de reconhecer a gravidade dos problemas e recuperar credibilidade”, disse Marina.

Questionada sobre a profundidade e o foco dos cortes no Orçamento promovidos pelo ministro Levy, Marina disse que o governo espera que a população faça todo o sacrifício sozinha:

“O ajuste é feito de uma forma muito mais amarga em função da falta de credibilidade. Como não há autocrítica sendo feita e o governo pede para que a sociedade faça sacrifícios, fica muito difícil que os sacrifícios sejam feitos por quem menos pode. Exatamente nesse momento quem paga o maior preço é quem não tem como pagá-lo sozinho. O governo continua com 39 ministérios, com mais de 20 mil cargos em comissão, sem reconhecer os erros que cometeu para poder ganhar uma eleição”, disse ela.

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