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Em depoimento reservado à CPI dos Correios, Maurício Marinho, ex-funcionário dos Correios flagrado recebendo R$ 3 mil de propina em nome do PTB, listou pelo menos 12 contratos da estatal cujos editais ou as licitações teriam sido direcionados para beneficiar empresas predefinidas. Entre eles, Marinho cita um para aquisição de 1.116 furgões, que teria sido acertado entre o ex-diretor de Operações Maurício Madureira e a Fiat, única empresa que participou da concorrência. Segundo Marinho, Madureira teria recebido R$ 1 mil pela compra de cada um dos veículos, embolsando mais de R$ 1 milhão.

Marinho também garantiu que todos os contratos de publicidade e patrocínio dos Correios teriam sido conduzidos por José Otaviano Pereira, ex-chefe do Departamento de Marketing e atual diretor Comercial dos Correios. Seguindo orientação do ex-ministro Luiz Gushiken, Otaviano teria favorecido à SMP&B Propaganda, empresa de Marcos Valério de Souza, tanto no momento de lançamento do edital de licitação da conta de publicidade da estatal, como na negociação do termo aditivo do contrato que garantiu um reajuste de 25% no seu valor, que subiu R$ 70 milhões para R$ 92 milhões.

A Fiat negou que tenha praticado irregularidade na venda de veículos aos Correios. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou desconhecer o então diretor de Operações dos Correios, que teria recebido propina da empresa. A Fiat divulgou que participou e venceu licitação pública no ano passado para a venda de furgões aos Correios. A entrega dos veículos ocorreu este ano. De acordo com a assessoria, os furgões vendidos aos Correios têm uma configuração específica para o transporte de correspondência, sendo classificados como veículos do tipo beneficiado.

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