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Cláudio Xavier pode voltar em outro cargo

Embora o ex-secretário Cláudio Xavier (foto) oficialmente tenha se licenciado por 30 dias, são fortes os comentários no governo de que ele poderá ficar mais tempo afastado. Fontes do governo dizem que ele precisa de mais tempo para se dedicar aos problemas de doença na família, que o levaram a pedir o afastamento. O cargo de secretário da Saúde, dizem as fontes, requer muita dedicação e é exaustivo. Dentro do governo há quem cogite ainda que Xavier, quando voltar, poderá ocupar um cargo "menos pesado", indo para uma assessoria especial do governador.

O novo secretário, Gilberto Martin, diz que só daqui a 30 dias poderá saber o que vai acontecer. "Faço parte da equipe e, se puder executar as ações governamentais como secretário por mais tempo, ótimo. Se não puder, trabalharei com a mesma intensidade sendo um aliado do Xavier."

O novo secretário estadual de Saúde, Gilberto Martin, que até então era superintendente da secretaria, assume a pasta com pelo menos outros três problemas graves além da falta de UTIs: cidadãos com dificuldades na obtenção de medicamentos de alto custo, aumento dos casos de dengue e crescimento da incidência de rubéola.

Com relação ao problema da falta de medicamentos de alto custo, Martin afirma que o período de março a agosto deste ano foi realmente crítico. Mas ele assegura que a situação está regularizada. Martin deve, inclusive, discutir com o Ministério da Saúde a incorporação de novos medicamentos na lista de remédios autorizados. "Essa é uma discussão muito técnica e, para que possamos disponibilizar, por obrigação, alguns medicamentos, tem de haver a comprovação de ele faz a diferença entre a vida e a morte."

O governo do estado vem sendo obrigado pela Justiça a disponibilizar a pacientes alguns medicamentos, de alto custo, que não fazem parte da lista do ministério. Na opinião do secretário, a pressão para que o estado fornece qualquer tipo de remédio, sem comprovação de eficácia, é equivocada e acaba desviando a verba de outras áreas da saúde. "Mas atualmente estamos acertando a situação. Só neste ano foram mais de R$ 150 milhões para medicamentos de alto custo e temos 46 mil paranaenses sendo atendidos pelo estado. Antes de 2003, eram 18 mil pacientes e R$ 30 milhões de investimentos."

Outros dois problemas mais recentes que Gilberto Martin terá de administrar são os aumentos dos casos de dengue e rubéola no Paraná. De janeiro a agosto deste ano o número de casos de dengue no estado aumentou 30 vezes em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 24.462 casos confirmados. Já a rubéola cresceu dez vezes em 2007 comparado a 2006. Já são 32 casos neste ano contra três no ano passado.

Para Martin, esses são problemas que têm de ser enfrentados de forma totalmente diferente de como estava sendo feito. "Para a dengue, as políticas terão de ser mais consistentes. A dengue hoje é uma doença epidêmica mesmo. Por isso, precisamos de mais campanhas de conscientização." De acordo com ele, uma das idéias é elaborar uma espécie de armadilha para capturar o mosquito transmissor e ver onde ele se prolifera mais. "E, quanto à rubéola, temos de identificar o porquê desse aumento."

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