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O empresário Max Schrappe, atua na área de desenvolvimento de sistemas, falou sobre a ação que culminou na saída o ex-deputado do cargo de conselheiro do TC | Sandro Nascimento / Alep / Divulgação
O empresário Max Schrappe, atua na área de desenvolvimento de sistemas, falou sobre a ação que culminou na saída o ex-deputado do cargo de conselheiro do TC| Foto: Sandro Nascimento / Alep / Divulgação
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Ato comemora afastamento de Fabio Camargo do Tribunal de Contas

Diferentemente das manifestações que cobram medidas do Poder Público, um ato que aconteceu no começo da noite desta quinta-feira (28) celebrou uma decisão tomada pela Justiça: o afastamento do conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TC) Fabio Camargo. Com direito a faixas e estouro de garrafas de sidra, um grupo reduzido de 10 pessoas festejou a novidade em frente ao prédio do tribunal.

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O empresário Max Schrappe, autor da ação que acabou afastando o ex-deputadoFábio Camargo da função de conselheiro do Tribunal de Contas (TC), foi um dos 40 candidatos que disputou a vaga em julho. Aos 38 anos, ele atua na área de desenvolvimento de sistemas e trabalhou durante onze anos com a avó, que era cartorária. Nesta entrevista, ele afirma que sua candidatura ao TC foi uma forma de contestar os critérios da eleição e o corporativismo dos deputados em optar pelos colegas. Schrappe também explica o que o motivou a entrar com uma ação pedindo a nulidade da eleição.

Por que o senhor se candidatou ao cargo de conselheiro do TC?

A princípio porque acredito que tenho capacidade de fazer um bom trabalho lá. Vejo a carência da instituição como, por exemplo, na questão da informatização, que traria transparência e redução da corrupção. A segunda razão é a de não concordar com os critérios da eleição e que haja corporativismo com a preferência entre os deputados. O cargo deve ser ocupado por pessoas competentes. Os deputados analisam contas de colegas de partido e de profissão, então, existe uma tendência para que haja vista grossa na análise. Sou terminantemente contra isso.

Foi a primeira vez que o senhor se candidatou?

Sim, foi um momento em que imaginei que era importante fazer algo em prol da sociedade, evitando que mais uma vez tenhamos que arcar com as consequências de processos mal feitos e de pessoas não adequadas em cargos importantes. Muito se fala em poder no cargo do Tribunal de Contas, mas a responsabilidade é tão grande quanto.

E por que o senhor entrou com a ação?

O processo não foi correto. Não tivemos acesso aos documentos para analisar as candidaturas e propor impugnações. Só no dia da eleição é que a documentação foi entregue e vimos que a certidão tinha sido juntada fora do prazo, que a certidão de 2º grau era positiva, mas que ele havia juntado apenas a certidão de 1º grau. Não é por ser ele, qualquer candidato que tivesse entregado a documentação assim não estaria respeitando os pré-requisitos do edital da Assembleia. Aconteceram casos de candidatos que não foram aceitos porque não respeitaram algum dos critérios, mas o candidato Fábio [Camargo] foi aceito. Além disso, o estatuto da Assembleia diz que deve haver maioria dos votos para eleição e esse critério não foi respeitado.

O que o senhor espera a partir de agora?

Vou aguardar a análise do mérito e dos recursos que devem haver. Fica na mão da justiça e só me resta aguardar.

Se a liminar for mantida, deve haver nova eleição para o TC. O senhor pretende se candidatar?

Pretendo. Tenho um bom trabalho para fazer lá e estarei respondendo a um dever cívico, de procurar moralizar as instituições e fazer minha parte como cidadão. Não basta só a gente reclamar, tem que agir, esse é meu intuito.

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