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O envolvimento do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) no escândalo das passagens - sua filha utilizou passagens de sua cota na Câmara para viagens - e o mea-culpa do deputado, que tomou a iniciativa de fazer um levantamento das viagens autorizadas por ele para a família, devem dificultar ainda mais os planos do PSDB de lançá-lo candidato ao governo do Rio de Janeiro em 2010, configurando um palanque forte para a candidatura à Presidência do tucano José Serra no terceiro colégio eleitoral do País.

Sem um nome para liderar a chapa majoritária regional, os tucanos fluminenses vinham tentando convencer Gabeira a reeditar a aliança PV-PPS-PSDB, com a integração do DEM do ex-prefeito Cesar Maia, para enfrentar a candidatura à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cabo eleitoral assumido da ministra Dilma Rousseff (PT).

Fenômeno da eleição de 2008, quando perdeu a prefeitura para Eduardo Paes (PMDB) por menos de 2% dos votos, Gabeira tem sido assediado pelos tucanos fluminenses, mas vinha relutando, sob alegação de que prefere direcionar o incremento no capital político para o Senado. O PV do Rio também resiste, avaliando que Gabeira não tem perfil para o Executivo estadual e teria poucas chances de bater Cabral fora da capital.

Pesquisa do Instituto Datafolha no mês passado mostrou Gabeira com 19% - ante 25% de Cabral - de intenção de voto na capital, mas cai para 10% no resto da região metropolitana e para 6% no interior. Os tucanos pretendem observar a repercussão do mea-culpa, mas não pretendem desistir. Além da falta de nomes, avaliam que o fato de Gabeira ter se adiantado na revelação vai reduzir os prejuízos políticos.

Candidato a vice na chapa de Gabeira em 2008, o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) diz que continuará defendendo o parlamentar para unir tucanos a PPS, PV e o DEM. Para ele, o movimento antecipado do deputado o ajudará a se diferenciar e dará autoridade para que influencie mudanças, em reparação a seu erro.

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