O ex-governador do Rio de Janeiro e pré-candidato do PMDB a presidente, Anthony Garotinho, chegou às 18h23m desta quarta-feira ao Hospital Quinta D'or, em São Cristóvão, levado por uma UTI Móvel do Corpo de Bombeiros. O veículo foi seguido por carros de correligionários do PMDB, onde estavam os filhos Wladmir, Anthony e Clarissa. O médico particular de Garotinho, Abdu Neme, disse que ele corre risco de vida por causa da greve de fome, iniciada há dez dias, e por isso precisa ser internado. O ex-governador passou mal nesta quarta-feira, após fazer um pronunciamento da janela da sede regional do PMDB no Rio.
De acordo com a assessoria do hospital, o pré-candidato a presidente pelo PMDB usará apenas as instalações da unidade; o acompanhamento médico permanecerá a cargo de Abdu Neme. A assessoria do pré-candidato informou que a internação não representa o fim da greve de fome. O ex-governador, no entanto, disse que vai continuar o jejum no hospital até que a Justiça conceda a ele direito de resposta nos meios de comunicação às denúncias publicadas contra ele. No hospital, Garotinho receberá soro para se recuperar.
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), fez um apelo nesta quarta-feira a Garotinho para que abandonasse a greve de fome. Temer ligou para Garotinho por volta das 11h e pediu que ele desistisse do ato por razões humanitárias e políticas, entre as quais sua presença na convenção no dia 13 de maio, que vai decidir se o partido terá candidatura própria. Garotinho disse ao presidente do partido que levaria em consideração o telefonema.
Também nesta manhã, o ex-governador fez um pronunciamento de dez minutos na sede do PMDB. Cerca de cinco mil pessoas, segundo a PM, fizeram uma manifestação a seu favor ( clique aqui e confira os detalhes ). Ele aparentava debilidade física e falou lentamente ao microfone com voz rouca. Antes de passar mal e ser submetido a novos exames, Garotinho confirmou que irá à convenção do PMDB, no próximo sábado.
O ex-governador repetiu que o jejum foi o último recurso que encontrou para protestar contra o que chamou de calúnias da revista "Veja" e das Organizações Globo. Ele voltou a dizer que apresentou documentos para rebater as denúncias apresentadas pelo jornal "O Globo". E acrescentou que lançava o desafio para que apontassem onde estão os bens que teria.
Garotinho afirmou ainda que as denúncias teriam sido feitas para impedir sua candidatura a presidente e acrescentou que tem fé em Deus.
Ao fim do discurso, o Hino Nacional foi tocado e houve poucos aplausos. Naquele momento, Garotinho passou mal e saiu do auditório da sede do PMDB amparado por sua esposa, a governadora Rosinha Garotinho, e a filha Clarissa.
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