Medida pulverizaria partidos nanicos

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Se as previsões sobre as candidaturas avulsas se confirmarem, a existência de nove partidos tidos como "nanicos" (com menos de 10 representantes na Câmara Federal) estará seriamente ameaçada. PHS, PMN, PRP, PRTB, PSDC, PSL, PTC, PTN e PT do B têm 16 cadeiras na Câmara, além de um assento no Senado – do acriano Sérgio Petecão, do PMN. No Paraná, os nanicos têm dois deputados estaduais: Adelino Ribeiro, do PSL, e Dr. Batista, do PMN.

Na esfera municipal (a primeira a ser afetada pela medida, caso ela seja implantada), os nanicos, somados, têm uma representatividade no número de votos. Nas eleições municipais de 2008, os nove partidos conseguiram 569.432 votos nominais para vereador no Paraná, o equivalente a 9,6% dos votos válidos. No entanto, por conta do sistema de voto proporcional, os partidos fizeram apenas 222 vereadores (6% do total). Além disso, eles elegeram também oito prefeitos (apenas 2% das 399 prefeituras paranaenses).

O número de votos diretos na legenda, no entanto, evidenciam a fraqueza dessas siglas como partido. Somados, eles conseguiram apenas 24.778 votos em suas legendas, o que representa 4,5% dos votos feitos diretamente a partidos. Isso significa um índice de 4,1% de votos em legenda em relação aos totais. Em partidos mais fortes, esse índice mais do que triplica: o PSDB, por exemplo, teve um índice de 15,1% de votos em legenda e o PT, 14,8%. Esses porcentuais sobe ainda mais com os partidos de extrema-esquerda: 27,2% no PSOL e 56,6% no PSTU. A média geral é de 9,2%.

Além disso, o índice de candidatos eleitos dos nanicos é quase metade da média geral. Entre os pequenos, 8,4% dos candidatos são eleitos. No geral, são 16,3%. Por causa desses fatores, esses partidos são os mais ameaçados pela possibilidade de candidaturas avulsas. Sem uma linha ideológica clara e com pouca possibilidade de atrair eleitores, a grande função deles é fornecer uma legenda para eventuais candidatos. A retirada dessa exigência pode acabar com seu único motivo de existência.