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A adolescente Priscila Aprígio, de 13 anos, baleada na tarde desta quarta-feira durante assalto a uma agência do Banco Itaú, na Avenida Ibirapuera, corre o risco de ficar paraplégica. Ela foi atingida por um tiro de fuzil e foi submetida a cirurgia no Hospital Alvorada, em Moema. Priscila está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não corre risco de morrer, mas pode ficar paraplégica. De acordo com os médicos, a bala perfurou um dos rins e atingiu a medula da garota. Uma avaliação do estado neurológico deve ser feita nesta manhã. Além de Priscila, mais três pessoas que estavam do lado de fora da agência e pelo menos um dos bandidos foram atingidos.

Priscila, que mora em Taboão da Serra, voltava do dentista no momento em que foi atingida. Ela atravessava a avenida na faixa de pedestres quando os tiroteio começou. Uma das dezenas de balas que cruzavam a via acertou sua barriga. Duas pessoas foram atingidas dentro de um ônibus e um homem foi ferido dentro de um carro, que foi perfurado com um tiro de fuzil. Os feridos são Raimundo José Jesus, de 39 anos, Maria Erenildes Jesus do Nascimento, de 38, e Fábio Ferreira Nascimento, de 28. Maria Erenildes teria sido atingida no joelho. Um suspeito de ter participado do assalto foi internado num hospital de Embu.

Segundo a polícia, os ladrões invadiram a agência, que fica do número 1.596, às 16h, meia hora antes do fim do expediente. O banco havia acabado de fechar a porta para o atendimento, mas o banco ainda estava cheio de clientes. Um homem se aproximou da porta de vidro e pediu para falar com a gerente Ana. A funcionária foi chamada e abriu a porta para ouvir o homem. Ele anunciou o roubo e os demais assaltantes entraram. Exigiram que a gerente abrisse os caixas eletrônicos da área de auto-atendimento.

O bando já havia recolhido as armas dos seguranças e dinheiro quando um homem de preto, vestindo terno e gravata, colocou a mão na cintura e sacou sua arma. Ele atirou nas costas de um bandido. Houve revide. Funcionários e clientes que estavam ainda na agência ou no auto-atendimento, em pânico, deitaram no chão. Vidros da agência foram estilhaçados.

Os bandidos teriam então fugido para a rua e foram surpreendidos por tiros vindos do outro lado da avenida. Eram mais homens de preto. Segundo testemunhas, eram os seguranças de um bingo que fica do outro lado da Ibirapuera. O trânsito parou. As balas perfuraram a lataria de carros e pneus. Acertaram pessoas que apenas passavam pelo local.

- Falaram para a gente ter calma. Para ter calma que nada iria acontecer com a gente. Pediram para a gente ficar quieto, que eles queriam apenas o dinheiro. Depois, saíram gritando e o pessoal desmaiou - afirmou Laércio Pardini, um dos clientes que serviu de escudo para os bandidos na saída da agência.

Os bandidos fugiram em um carro modelo Palio. A primeira versão da polícia era que um vigia teria revidado os tiros. Depois, o delegado Oswaldo Gonçalves disse que um cliente que estava no caixa eletrônico estava armado e reagiu, causando a confusão. Ele afirmou que a polícia está verificando as imagens gravadas pelas câmeras do banco para tentar identificar a pessoa.

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