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A delegada Erika Marena, que integra a força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato, avisa: “a Lava Jato ainda tem chão. E iremos continuar desvendando o que aparecer e for possível, ainda que com posterior redistribuição, conforme entenderem as Cortes Superiores.”

Erika se refere ao fatiamento da Lava Jato, decretado pelo Supremo Tribunal Federal – a Corte máxima tirou das mãos do juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, base da missão, trechos importantes da grande investigação, como o inquérito que cita a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e outro envolvendo o almirante Othon Luiz Pinheiro, ex-presidente da Eletronuclear, preso desde julho, amigo de ex-ministros.

A delegada da PF avalia que a separação da Lava Jato provoca um prejuízo “na medida em que impede que os elementos surgidos nas investigações sejam analisados à luz de todo o conjunto”. Ela é taxativa. “Trata-se, obviamente, de uma mesma organização criminosa, que conta com vários tentáculos.”

O argumento sobre as conexões da organização criminosa que se instalou em diretorias estratégicas da Petrobras, entre 2004 e 2014, e também em outras estatais, foi usado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot perante o STF para tentar evitar a cisão da Lava Jato. O chefe do Ministério Público Federal defendeu a permanência de toda a investigação na Justiça Federal no Paraná, base da missão.

Erika Marena falou à reportagem sobre os rumos da Lava Jato. Ela sugere como “forma de se minimizar” possível prejuízo aos desmembramentos da investigação deixar os casos com o mesmo grupo da força-tarefa da PF, independentemente de o tombamento dos inquéritos ser em outros estados. “Não há impedimento legal algum para isso”, disse.

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