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Plenário da Assembleia vazio: parlamentares dizem que gabinete continua funcionando, apesar de não haver sessões | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Plenário da Assembleia vazio: parlamentares dizem que gabinete continua funcionando, apesar de não haver sessões| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Curiosidades

Parlamentar usou R$ 9,1 mil para pagar despesas com refeições

A exemplo do que acontece habitualmente, as despesas com combustíveis somaram o maior montante gasto pelos deputados no mês de janeiro. Foram R$ 135,4 mil usados para abastecer veículos a serviço dos parlamentares. Na sequência, aparecem os gastos com alimentação (R$ 80,4 mil), divulgação de atividades parlamentares (R$ 71,6 mil) e serviços gráficos (R$ 60,9 mil) – este último o único segmento de despesas em que houve queda nos gastos em relação ao ano passado. A relação entre os deputados e o tipo de gastos revela algumas estratégias usadas pelos parlamentares para custear suas atividades parlamentares. Anibelli Neto gastou R$ 9,1 mil em alimentação, valor bem acima dos demais colegas. No ano passado, o peemedebista já tinha sido o campeão em despesas nessa modalidade. Ele diz que o montante alto de despesas se deve ao fato de promover um grande número de reuniões políticas, para as quais se encarrega de providenciar a alimentação. Já Cleiton Kielse (PEN) usou quase toda sua verba de ressarcimento para serviços de divulgação da atividade parlamentar. Somente em uma gráfica de Curitiba, ele mandou imprimir cerca de 15 mil relatórios contendo informações sobre análises e investigações realizadas. O material é enviado a câmaras municipais e entidades representativas. "É uma forma de eu prestar contas do trabalho na Assembleia", justifica o parlamentar. Mesmo licenciado desde o final do ano passado para tratamento médico, o deputado Toninho Wandscheer (PT) teve despesas custeadas pela Assembleia em janeiro. Foram R$ 8 mil com combustível, locação de veículos e alimentação. A assessoria dele informou que, apesar do afastamento de Wandscheer, o gabinete tem dado continuidade aos trabalhos do parlamentar.

A Assembleia Legislativa do Paraná retomou as sessões deliberativas há cerca de um mês. Isso não significa, porém, que durante o período de recesso, que se estendeu do fim de dezembro ao início de fevereiro, os deputados estaduais não tenham usado a verba pública do Legislativo a que tem direito. Somente em janeiro, 46 deputados gastaram juntos R$ 591,9 mil – uma média de R$ 12,8 mil por parlamentar (seis deputados não pediram ressarcimento de suas despesas no primeiro mês do ano). A justificativa para os gastos é de que, mesmo longe do plenário, o trabalho legislativo continua, por meio de visitas a municípios e do atendimento à população.

Os dados sobre as despesas parlamentares foram obtidos no Portal da Transparência da Assembleia. Os valores são referentes à verba de ressarcimento para custeio de despesas com a atividade parlamentar, como gastos com combustível, alimentação, hospedagem, material de expediente e produtos gráficos. Cada deputado tem direito a R$ 17.166 mensais de verba de ressarcimento.

INFOGRÁFICO: Gastos de verbas de ressarcimento no mês de Janeiro

Crescimento

No comparativo com janeiro do ano passado, o gasto em 2013 foi maior, tanto em termos gerais quanto proporcionalmente. No primeiro mês de 2012, as despesas com ressarcimento ficaram em R$ 567,6 mil, 4,2% menor que em 2013. Além disso, no ano passado 51 parlamentares declararam gastos – seis a mais que neste ano, o que configura uma média de R$ 11,1 mil por deputado. Os parlamentares que não fizeram uso da verba em janeiro podem acumular o saldo para utilizar nos meses seguintes.

O primeiro colocado no ranking dos gastos de início deste ano foi o deputado Leonaldo Paranhos (PSC), que usou R$ 17.165, quase a totalidade da verba a que tinha direito. Em seguida aparece Antônio Anibelli Neto (PMDB), que gastou R$ 17.161, seguido por Mara Lima (PSDB), com despesas de R$ 17.160. Paranhos e Mara Lima não foram encontrados para comentar o assunto. Já Anibelli informou que atenderia a reportagem apenas pessoalmente em seu gabinete.

Entre os valores discriminados pelos deputados, o maior gasto com uma única despesa em janeiro foi do deputado Tadeu Veneri (PT), que destinou R$ 13.980 para a produção de 70 mil exemplares de um jornal para divulgar suas atividades legislativas. "É um jornal que fazemos a cada dois meses para distribuir à população", explica. Para ele, é normal que os deputados usem a verba de ressarcimento, mesmo estando em recesso das sessões plenárias. "A maioria dos deputados inicia suas atividades normais em janeiro, trabalhando no gabinete e fazendo visitas."

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