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O funcionário da empresa que concorria na licitação da prefeitura para fazer o projeto do metrô de Curitiba informou à Gazeta do Povo que já tinha avisado ao presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), Augusto Canto Neto, e a demais diretores do órgão, que o valor de R$ 2 milhões oferecido pelo município para o serviço não atrairia ninguém. Assim como a empresa dele, outras 43 compraram o edital. Nenhuma se interessou em elaborar o projeto.

Suspense 1 – A briga entre o governador Roberto Requião (PMDB) e o Ministério Público terá novos desdobramentos nesta semana. Os deputados estaduais esperam ouvir o diretor jurídico da Paranaprevidência, Francisco Alpendre, sobre as denúncias de irregularidades nas aposentadorias do Ministério Público. O advogado promete levar documentos e fazer novas revelações. O convite foi aprovado na semana passada por iniciativa do deputado Jocelito Canto (PTB).

Suspense 2 – Depois de ouvir Francisco Alpendre, a Assembléia pretende chamar os representantes do MP. Apesar da disposição que os deputados estão mostrando em esclarecer a polêmica, nenhum quer saber de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Ministério Público, como defende o governador. "Isso não está em discussão", disse o líder do PMDB, Waldyr Pugliesi.

Lado oposto – O advogado Francisco Alpendre, diretor jurídico da Paranaprevidência, hoje é a estrela do governo fazendo uma devassa nas supostas aposentadorias irregulares do Ministério Público. Mas ele já defendeu ao menos duas vezes interesses contrários aos de Requião. Foi advogado do sindicato das em-presas de bingo e da publicitária Cila Schulmann no processo que ela move contra Requião por calúnia e difamação. Dessa última ação foi destituído, a pedido.

Levante – Em vez de CPI, alguns deputados preferem o caminho inverso e organizam um ato público em defesa do MP, no dia 24. O movimento está sendo feito em parceria com a Associação Paranaense do Ministério Público. Segundo o deputado Ney Leprevost (PP), a intenção era usar o plenarinho da Assembléia para promover a manifestação, mas como a direção da Casa informou que não será possível porque o espaço estaria reservado para outro evento, um novo local está sendo procurado.

Despedida – O PMDB está trocando de comando. O presidente estadual do partido, Renato Adur, deixa o cargo no fim do mês para cuidar de suas atividades particulares. Ex-deputado estadual e ex-secretário de Desenvolvi-mento Urbano do governo Re-quião, Adur não tem pretensões políticas e diz acreditar que já cumpriu sua missão de reestruturar o partido para as eleições de 2008.

Substituto – Com a saída de Adur, a Executiva Estadual vai realizar assembléia e convocar uma nova diretoria. O líder da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado Waldyr Pugliesi, é o nome mais provável para assumir a presidência.

Renova – No PT do Paraná, também estão previstas mudanças no comando. Apesar do jeito discreto e tímido, a deputada estadual Luciana Rafagnin é uma forte candidata a substituir o atual presidente, deputado federal André Vargas. Ela foi a petista mais votada nas últimas eleições para a Assembléia Legislativa e concorreu duas vezes à prefeitura de Francisco Beltrão. "Se a base quiser e me apoiar, eu topo", avisa.

Resistência – Outra alternativa para presidir o PT seria a pré-candidata à prefeitura de Curitiba Gleisi Hoffmann. Outro cotado é o secretário estadual do Planejamento, Ênio Verri. O PT realiza amanhã, a partir das 9 horas, na sede do Diretório Estadual, uma reunião para definir as eleições internas no dia 2 dezembro em todo o país. No Paraná, é a primeira vez que uma mulher tem chances reais de presidir a legenda.

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"Tem um erro de vírgula no edital. Para um projeto desses, deveria ser um valor bem mais alto. Ou quiseram jogar para a mídia a notícia ou fizeram isso para fugir da licitação."

Funcionário de uma empresa que adquiriu o edital para o projeto do metrô de Curitiba, que pediu para não ser identificado.

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Pinga-Fogo

O projeto do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) que estabelece gratuidade nos primeiros 25 minutos nos estacionamentos dos shoppings recebeu parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia.

*** O deputado Nereu Moura (PMDB), relator do projeto, justificou o parecer argumentando que a Assembléia já aprovou em 2006 uma lei que isenta a cobrança, mas que está sendo questionada na Justiça.

*** Em Santa Catarina, lei idêntica à que foi sancionada no Paraná está em vigor e o cliente não paga para estacionar. A Justiça catarinense não a derrubou.

*** Mas tem deputado paranaense que é contra a gratuidade dos estacionamentos dos shoppings e defende até o contrário. "Deveriam cobrar um preço bem alto para que as pessoas descubram o comércio de seus bairros e do centro da cidade", diz o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB).

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