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Michel Temer vem hoje a Curitiba: visita pode ser decisiva | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Michel Temer vem hoje a Curitiba: visita pode ser decisiva| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Voo

Vice-presidente viaja com Gleisi e Requião

O vice-presidente Michel Temer ofereceu "carona" para os 33 congressistas paranaenses no voo que sai hoje, às 7 horas, de Brasília para Curitiba. Os senadores e pré-candidatos ao governo do estado, Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), confirmaram presença na viagem.

Sem conseguir emplacar uma coligação com os peemedebistas no estado, Gleisi vem trabalhando desde o ano passado para que o partido lance Requião. A perspectiva é de que, em uma disputa com dois nomes fortes contra Beto Richa (PSDB), aumente a chance de a eleição ir para o segundo turno.

"O que eu queria que eles fizessem era vir comigo, então fica difícil dar um palpite sobre o que vai acontecer", diz Gleisi. Como ministra da Casa Civil, a petista se aproximou de Temer. Já Requião, que tem criticado constantemente a gestão Dilma Rousseff, participou anteontem à noite de um jantar com a presidente, que reuniu governadores e parlamentares do PMDB.

Agenda

Durante a passagem pelo Pa­­ra­­ná, Temer participará pela manhã da abertura do 4º Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, em Curitiba, e, depois, de um almoço organizado pelo PMDB. À tarde participa de entrega de equipamentos do governo federal, em Pinhais, na região metropolitana.

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), desembarca hoje em Curitiba em uma visita que pode mudar o rumo da eleição para governador do Paraná. Rachados há dois anos, os peemedebistas do estado se dividem entre apoiar a reeleição de Beto Richa (PSDB) e lançar candidato próprio: o senador Roberto Requião ou o ex-governador Orlando Pessuti.

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, por e-mail, Temer sinaliza que, como presidente licenciado do PMDB, defende a candidatura própria como diretriz para todos os diretórios estaduais. Para ele, no entanto, essa decisão precisa ser construída com unidade, "respeitando as diferenças internas de cada segmento de opinião do partido".

Temer, por outro lado, evita falar em intervenção, caso a decisão local seja favorável à coligação com os tucanos, o que se choca com a parceria nacional do partido com os petistas. "O PMDB é um partido com forte democracia interna em que as posições são construídas por meio do diálogo e consenso." Sobre o futuro peemedebista, confirma a perspectiva da legenda de lançar candidato próprio a presidente em 2018, abrindo caminho para um distanciamento do PT.

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O PMDB do Paraná está rachado entre os que querem candidatura própria a governador, com Roberto Requião, e aqueles que pleiteiam uma aliança com o PSDB do governador Beto Richa. Qual alternativa o senhor defende?

A Comissão Executiva Nacional do PMDB decidiu, no ano passado, que o PMDB deve ter candidatos próprios aos governos estaduais. Essa é uma diretriz para todos os diretórios estaduais. Sou presidente licenciado do PMDB e defendo as teses do partido. Agora, é preciso fazer essas construções com unidade, respeitando as diferenças internas de cada segmento de opinião do partido. Proponho que se busque essa unidade do PMDB do Paraná, com a construção de um projeto de poder que agregue todas as forças e traga reais benefícios para o povo. A convenção estadual decidirá.

Há possibilidade de uma intervenção da direção nacional do PMDB em caso de uma aliança com os tucanos no Paraná?

O PMDB é um partido com forte democracia interna em que as posições são construídas por meio do diálogo e consenso. Os companheiros do Paraná são políticos experientes que saberão encontrar o caminho da unidade. Se Requião vencer a convenção estadual, o PMDB terá 20 candidatos a governador. Até que ponto isso significa um distanciamento do PT?

Um deputado norte-americano chamado Tip O’Neill disse certa vez que toda política é local. É a mais pura verdade. E o PMDB cuida bem de suas bases. Tem projeto próprio de poder. É o maior partido do Brasil e, por esta razão, tem raízes fortes. Então, não é um distanciamento de A ou de B, é uma afirmação de seu projeto próprio para o país.

A reedição da aliança nacional entre PT e PMDB está garantida?

Creio que está bem encaminhada, mas a decisão será oficializada no próximo dia 10 de junho, em Brasília. O PMDB terá mesmo candidato a presidente em 2018? Em quais nomes é possível apostar agora?

É o desejo da base do PMDB ter candidato próprio. Estamos nos preparando para lançar um candidato com reais chances. Mas não é possível falar em nomes agora, ainda com tanto tempo pela frente. Primeiro, vamos focar nas eleições deste ano. Depois, vamos começar a nos preparar para 2018.

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