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Milhares vão a homenagens finais para José Alencar

Lula diz que empresário “foi mais do que um vice”; cerimônia de cremação é acompanhada apenas pela família

Velório em Belo Horizonte foi realizado no Palácio da Liberdade, antiga sede do governo mineiro | Antônio Cruz/ABr
Velório em Belo Horizonte foi realizado no Palácio da Liberdade, antiga sede do governo mineiro (Foto: Antônio Cruz/ABr)

O corpo do ex-vice-presidente da República José Alencar foi cremado ontem em Contagem, na Grande Belo Horizonte. A presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros políticos, acompanharam a segunda etapa do velório, na capital mineira, que reuniu mais de 4 mil pessoas.

Já a cremação foi reservada à família. De acordo com assessores da Casa Militar do governo de Minas Gerais, o procedimento de cremação, que geralmente leva 24 horas, foi acelerado para que a família recebesse as cinzas ainda hoje. Conforme o irmão Antonio Gomes da Silva, o ex-vice-presidente queria ser cremado e ter os restos mortais depositados na igreja onde foi batizado, em Itamuri, antigo distrito de Muriaé. "Isso era um pensamento dele. Ele sempre pensou que a pessoa tinha de voltar por onde passou", disse o irmão, emocionado.

O velório foi realizado no Palácio da Liberdade, um prédio de estilo eclético de 1897 hoje reservado às solenidades oficiais do governo mineiro, mesmo local em que foi velado o ex-presidente Tancredo Neves, em 1985.

O calor intenso no saguão onde foi realizado o ato católico de corpo presente fez com que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e Bárbara, neta de Alencar, passassem mal. Os três receberam atendimento médico no local e se recuperaram.

Depois de passar a madrugada em Brasília, o corpo de Alencar chegou a Belo Horizonte por volta das 9h15 em avião da FAB. Seguiu em cortejo pelas ruas da cidade no mesmo caminhão do Corpo de Bombeiros que transportou o caixão de Tancredo.

A cerimônia começou com atraso de uma hora e meia. Quando o corpo chegou, foi recebido com aplausos, que se repetiram no momento em que o caixão foi aberto.

Dilma e Lula chegaram às 11h45, quando já havia uma fila para que as cerca de 5 mil pessoas – segundo cálculo da Polícia Militar – se despedissem de Alencar. Lula, abatido, ficou sempre ao lado do caixão. Na saída, disse: "Ele foi muito mais que um vice. Era mais forte do que eu".

Dilma brincava com as bisnetas do ex-vice-presidente, Maria e Manuela. A presidente não deu declarações e voltou para Brasília logo depois do fim do velório. A viúva, Mariza Gomes da Silva, muito abatida depois de uma maratona que começou na terça-feira, quando ele morreu, estava cercada pelos familiares.

O governador Antonio Anastasia (PSDB) colocou à disposição da família uma sala nos fundos do palácio. Foi lá que Lula e Dilma se despediram de Mariza.

Momentos antes de o corpo ser levado para o Cemitério Parque Renascer, onde foi cremado, o filho de Alencar, Josué Gomes da Silva, herdeiro no comando da Coteminas, disse que a família estava comovida com o apoio de todas as correntes políticas.

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