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"A eleição vai pela percepção de momento de todos os 513 deputados e não de simples arranjos.”Osmar Serraglio, deputado federal (PMDB-PR) | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
"A eleição vai pela percepção de momento de todos os 513 deputados e não de simples arranjos.”Osmar Serraglio, deputado federal (PMDB-PR)| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Por que o senhor quer ser presidente da Câmara?

Acho que tenho condições de dar uma imagem que traduza credibilidade à sociedade. Não que eu vá fazer milagre, mas eu tenho convicção de que o meu nome começará a recuperar aquilo que tanto defendemos, que é o conceito público do Poder Legislativo. Nada contra a pessoa do possível candidato Michel Temer. Mas ele não representaria essa novidade, porque já vem de uma estrutura antiga.

O senhor será candidato mesmo sem o apoio do PMDB?

Depende do andar da carruagem. Eu já fui candidato contra o PMDB (na disputa pela primeira-secretaria, em 2007), mas não desejo ser de novo. O que eu desejo é que eles redemocratizem a escolha. Da outra vez não foi uma escolha democrática. Eu me rebelei e anunciei isso claramente a todos. A direção do partido vem outra vez com um prato-feito e eu não vou aceitar. Ser escolhido pelo partido não significa ser um candidato ungido. Tem de ter voto do plenário. Se eu perceber que o Temer tem densidade e voto suficientes, posso até refletir, mas eu acho que é mais interessante buscar costuras em outras frentes. Ou vamos perder para o Ciro Nogueira (PP-PI), que já está aí como candidato forte.

O senhor acha que pode ter o apoio do governo, mesmo após a atuação como relator da CPI dos Correios?

É uma incógnita. Posso ter uma imagem de alguém que foi duro, mas daquele que foi duro corretamente. Não podem me acusar de ter forçado uma situação para prejudicar o governo ou o presidente Lula. Isso produziu credibilidade à CPI.

Qual é o trunfo do senhor diante de um adversário como Temer, que é presidente do PMDB e já foi presidente da Câmara por duas vezes?

O voto do plenário. A eleição vai pela percepção de momento de todos os 513 deputados e não de simples arranjos. Minha bandeira é traduzir a mudança de imagem do Legislativo. O grupo que hoje comanda o PMDB não tem essa marca. Essa engenharia que eles estão utilizando para empurrar o Temer já desacredita essa candidatura. Eles podem até ganhar, mas vamos jogar às claras. Será pior para o partido e para a Câmara se as coisas forem assim. (AG)

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