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Dilma participou de mais uma evento do Minha Casa Minha Vida, desta vez em Roraima. | Roberto Stuckert Filho/ PR
Dilma participou de mais uma evento do Minha Casa Minha Vida, desta vez em Roraima.| Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR

Com gritos de “não vai ter golpe” vindos da plateia, e um discurso da governadora de Roraima, Suely Campos (PP) a favor de que fique no cargo até o último dia de mandato, a presidente Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira (9) da cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida em Boa Vista. Em tom didático, e sem mencionar o Tribunal de Contas da União (TCU), que reprovou as suas contas, Dilma se defendeu das acusações de que cometeu irregularidades. Embora o Minha Casa Minha Vida tenha sofrido cortes este ano, Dilma garantiu que continuará o programa.

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“O orçamento de um país tem que ser olhado do ponto de vista do “para quem gasta”. O para quem é mais importante que qualquer outra consideração. O fato de eu estar sendo julgada hoje é que acham que não gastamos, não devíamos ter gastado da forma como gastamos para o Minha Casa Minha Vida. Uma das razões é essa. É o que chamam de pedaladas fiscais”, disse Dilma, acrescentando: “É por termos feito o maior programa habitacional da história é que somos responsabilizados”.

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A governadora de Roraima também defendeu Dilma. “Temos uma única posição: a favor da legalidade. A senhora tem que permanecer no governo até o último dia do mandato que o povo lhe conferiu. O Brasil não pode aceitar essa tentativa de golpe. É um golpe que eles querem dar. O Brasil não pode fortalecer a ilegalidade”, disse Suely Campos, afirmando ainda que não ficaria do lado de conspiradores que agem de madrugada contra ela.

O TCU julga nesta quarta recurso do governo no processo das pedaladas fiscais que foram consideradas irregulares pela corte.

Na terça, Dilma sofreu uma derrota na Câmara, que, por voto secreto, elegeu uma maioria oposicionista para integrar a comissão do impeachment. O processo acabou suspenso até a semana que vem por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Em Rondônia, a presidente não falou sobre o assunto.

Dilma foi bastante aplaudida, tanto quando chegou ao bairro e sua imagem foi projetada no telão, como quando subiu ao palanque. Entre os beneficiários do programa e populares que foram acompanhar a cerimônia, havia também algumas poucas dezenas de militantes do PDT, reunidos pelo senador Telmário Mota (PDT-RR), um dos vice-líderes do governo no Senado. Ele atuou como animador do público presente no local.

“É Dilma ou não é?”, perguntou ao subir ao palanque.

“É!”, respondeu a plateia.

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Em agosto deste ano, Dilma já tinha ido a Boa Vista inaugurar 747 unidades do Minha Casa Minha Vida. Na ocasião, ela chegou a dizer que Roraima era a capital mais distante de Brasília.

“ Vocês disseram [em agosto] que se eu bebesse a água do rio Branco [que corta o estado e passa por Boa Vista], eu não seria uma macuxi (um povo indígena de Roraima e por extensão qualquer pessoa nascida no estado), mas seria uma roraimada. Eu me considero uma roraimada”, disse Dilma nesta quarta.

A prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), adversária política do grupo da governadora e do marido dela, o ex-governador Neudo Campos, não foi ao evento.

Além de Boa Vista, também estão sendo inauguradas simultaneamente unidades do programa em outras sete cidades de cinco estados. No telão em Boa Vista, foram transmitidas imagens da entrega das casas nesses locais. Ministros como Gilberto Kassab (Cidades) e Gilberto Occhi (Integração Nacional) foram a algumas dessas cidades. Ao todo, estão sendo beneficiados 10.962 famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Dos oito empreendimentos, o de Boa Vista é o maior, com 2.992 unidades distribuídas por 187 prédios de quatro pavimentos. Segundo a Caixa Econômica, todas as unidades são dividias em dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. O banco diz que o programa já beneficiou mais de 9,6 milhões de pessoas em todo o país.

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