Ministro critica inovação radical

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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que não esperava ser impedido de substituir Tarso Genro e considerou a atitude dos outros candidatos uma "inovação radical" ao excluir do debate justamente a corrente do Campo Majoritário, que tem o maior número de filiados. Bernardo explicou que recebeu uma determinação de Genro para fazer parte da discussão e teve o aval da comissão organizada do Processo de Eleição Direta (PED).

O PT, segundo ele, sempre teve tradição em "dar voz e voto" para os setores minoritários do partido e não houve intenção nenhuma de ferir o Regimento Interno do PED, que deve ser preservado. "O pessoal está se achando forte e quis nos excluir", disse. "Não é razoável que eles queiram fazer críticas sem ser contestados, sem ter ninguém para apresentar outra posição".

Bernardo reprovou a postura da ala mais à esquerda que não estaria apresentando propostas, mas apenas apontando erros. "Tem um grupo que bate no nosso governo desde 2003 e isso não é novidade nenhuma. Novidade mesmo foi esse início de tumulto e gritaria para nos tirar do debate, o que não resolve nada", comparou.

O ministro está confiante que a ala liderada por Tarso Genro vai ganhar a eleição para o diretório nacional e garantir a permanência do mesmo grupo no comando. No Paraná, segundo ele, a maioria dos militantes tem confiança nas lideranças do Campo Majoritário e no governo e não querem o PT na oposição a Lula, apesar da maioria das correntes que disputam a presidência estadual, ocupada por André Vargas, tenham mais o perfil de oposição do que de apoio ao presidente.

Paulo Bernardo estava pronto para defender o discurso de "refundar" o PT, proposta que vem sendo o mote de campanha do candidato a reeleição, Tarso Genro. O ministro reconhece que o momento político é grave, mas a participação de integrantes do Campo Majoritário nas denúncias de irregularidades não deve sepultar o lado positivo da administração petista. (KC)