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Brasília (AG) – O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse ontem ser contra a privatização dos Correios e afirmou que retirar o monopólio da estatal é praticamente decretar a falência da empresa. O ministro disse que as cartas são fundamentais para a comunicação das pessoas. Para ele, existe um assédio das empresas internacionais de entrega de volumes, que querem quebrar o monopólio dos Correios na entrega de cartas. Mas, segundo Costa, as empresas têm interesse apenas nos grandes centros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

"Sou completamente contra, eu acho que é um erro. Na Argentina já se tentou essa privatização e quase se quebrou a empresa", disse Hélio Costa. O ministro defendeu que a gestão dos Correios seja profissionalizada. Ele disse que a forma que tem para colaborar com o governo, "no momento em que vivemos uma situação realmente delicada", é levar soluções para os problemas.

"Ela (a gestão) tem que ser profissionalizada. Ela tem que ter administradores, dirigentes competentes e não necessariamente indicações políticas. Já discutimos isto com o presidente da República. O presidente está muito consciente desta situação", afirmou. Hélio Costa informou que os Correios têm funcionários de carreira nos principais postos e que daqui para a frente a empresa vai ter sempre uma direção profissional.

Foi publicada ontem no Diário Oficial da União portaria do ministro das Comunicações nomeando Marcelo Bechara de Souza Hobaika para compor o Conselho Fiscal dos Correios por um ano. Ele deverá ser o consultor jurídico do Ministério, e sua indicação deverá ser publicada nos próximos dias. Bechara substitui o conselheiro Rui de Castro Palácio, que terminou o mandato em 23 de julho.

O ministro também aproveitou para cobrar explicações de todos os envolvidos no esquema de financiamento de campanhas eleitorais por meio de empréstimos feitos pelas empresas do publicitário Marcos Valério.

Numa referência indireta ao ex-governador tucano Eduardo Azeredo, que adotou em 1998 a triangulação repetida a partir de 2003 pelo PT com Valério, ele disse que as investigações deveriam ser feitas em Minas Gerais no período em que os tucanos estiveram no poder.

"É preciso que a imprensa faça uma investigação sobre as ações que ocorreram em Minas Gerais de 98 para cá, tirando apenas o período Itamar Franco, porque nesse período esse grupo foi retirado do poder."

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