O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta sexta-feira não acreditar que o laboratoratório Merck Sharp & Dohme, detentor da patente do anti-retroviral Efavirenz, deixe o país por causa da quebra de patente anunciada pelo governo.
- O laboratório comercializa no Brasil vários medicamentos. Não acredito que tenha o interesse de se retirar de um mercado tão importante e que cresce ano a ano - disse ele.
Temporão alega que o governo não quebrou a patente, uma vez que continuará pagando royalties ao laboratório.
- Não se trata de quebra de patente, é o licenciamento compulsório. O governo brasileiro reconhece a patente do laboratório, tanto que essa patente será remunerada através de royalties. Não acho que seja uma medida que ameace, de forma alguma, a presença das empresas produtoras de medicamentos no Brasil - disse.
Segundo Temporão, o laboratório não pratica preços adequados à realidade brasileira. Ele afirmou ainda que a decisão do governo faz parte de uma política de tornar os medicamentos acessíveis.
- É difícil o acesso por causa dos altos preços praticados pelos laboratórios detentores das patentes. Essa decisão mostra a luta do governo por medicamentos com preços justos.
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