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O ministro da Agricultura, Neri Geller, disse ter "a consciência tranquila" em relação às investigações da PF sobre um esquema de grilagem de terras destinadas à reforma agrária em Mato Grosso. Na Operação Terra Prometida, a PF prendeu dois irmãos do ministro entre mais de 50 pessoas. " Eu estou muito tranquilo. Não estou sendo investigado, mas mesmo se estivesse, não teria problema algum", disse Geller.

Testemunhas apontaram o envolvimento do ministro na apropriação de lotes nos municípios de Itanhangá e Lucas do Rio Verde, a 450 quilômetros de Cuiabá, onde familiares dele têm fazendas. O posseiro Adair dos Santos disse ao Ministério Público Federal, que Geller ia pessoalmente ao assentamento Itanhangá e tinha "laranjas" em lotes no local.

Geller afirmou que nunca foi proprietário de terras na região, apesar de dois de seus dez irmãos serem fazendeiros ali. Presos, os pecuaristas Odair e Milton Geller, irmãos do ministro, negaram participação no esquema.

Segundo as investigações, um grupo de latifundiários estaria pressionando assentados a vender suas terras por preços abaixo do valor de mercado. Quem não aceitasse sofreria ameaças de morte ou de expulsão do local.

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