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Depois de pouco mais de trinta minutos, terminou sem muitas novidades a primeira reunião do grupo de trabalho criado nesta semana para discutir e propor soluções para a crise do setor aéreo brasileiro. Nesse primeiro encontro, encerrado por volta das 13h30, o ministro da Defesa, Waldir Pires, defendeu a criação de um departamento civil para controlar o tráfego aéreo do Brasil. "Nosso espaço aéreo é um patrimônio brasileiro", argumentou Pires, que também defende a permanência nas mãos dos militares da defesa aérea do país.

"Precisamos de controladores de vôo bem preparados. O maior problema atualmente é a escassez de controladores", definiu o ministro, ao explicar a possível mudança do controle do tráfego aéreo para algum órgão civil e público. "Até resolvermos esse problema, contamos com o empenho e o patriotismo dos controladores." O ministro Pires não garantiu que não haverá atrasos nos vôos neste fim de ano.

Pires ressaltou, ainda, que em hipótese alguma será uma empresa privada a responsável pelo controle do tráfego aéreo. "Elas já atuam no mercado de aviação civil." Essa primeira reunião serviu mais uma apresentação dos integrantes do grupo de trabalho e para cada um defender suas idéias de melhorias para o setor. As reuniões desse grupo de trabalho ocorrerão todas as quartas-feiras, sempre às 10h.

Fazem parte do grupo representantes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, da Advocacia Geral da União (AGU), do Comando da Aeronáutica, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, do Sindicato Nacional dos Aeronautas e do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. O ministro Waldir Pires, único a conceder entrevista após a reunião, afirmou que os controladores de vôo não fizeram reivindicações nesta sexta-feira (17).

Perguntado sobre a possibilidade de um novo aquartelamento de controladores de vôo, Pires disse não acreditar na necessidade de um novo aquartelamento.

Vôo 1907 buscarWaldir Pires pouco comentou sobre o relatório preliminar, apresentado nessa quinta-feira (16), sobre o acidente envolvendo o Boeing da Gol e o jato executivo Legacy, ocorrido em 29 de setembro, no qual morreram todos os 154 ocupantes da aeronave. O ministro disse não acreditar na existência de um "buraco negro" (em que não os radares e os rádios não funcionam) na região do acidente, norte do estado de Mato Grosso.

Ele também disse que é cedo para culpar quem quer que seja pelo acidente. Perguntado sobre a razão para o não contato entre o Legacy e a torre de Brasília, Pires preferiu não entrar em detalhes, mas disse que pode ter havido um problema de freqüência. "O objetivo maior desse relatório não é apontar culpados, mas prevernir novos acidentes e tornar nosso espaço aéreo mais seguro", declarou.

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