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Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão realizando nesta semana a primeira missão para avaliar a economia brasileira após o fim do acordo do governo com a instituição em março passado. Hoje pela manhã, o grupo de economistas chefiados por Charles Collyns manteve reuniões no Ministério da Fazenda, com técnicos do Tesouro Nacional e das secretarias de Política Econômica (SPE) e Acompanhamento Econômico (Seae). Amanhã, no final da tarde, a missão do FMI se reúne com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Quinta-feira, a reunião será com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Na sexta-feira, haverá um encontro formal pela manhã com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O Brasil continuará a receber duas vezes por ano as missões técnicas do FMI porque mantém um volume de empréstimos acima de sua cota na instituição. O governo brasileiro teria direito a sacar até US$ 4,4 bilhões no Fundo, mas ainda tem US$ 15,5 bilhões que devem ser quitados em 2006 (US$ 7 bilhões) e o restante em 2008. Nestes encontros, os técnicos avaliam sobretudo as contas públicas.

O ano de 2005 é o primeiro desde 1998 que o governo trabalhará sem ter metas formais com o Fundo Monetário Internacional para o ajuste fiscal. O último acordo foi renovado no auge da crise financeira de 2002, quando o dólar alcançou R$ 4,00, a dívida líquida do setor público superou o nível de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação chegou a dois dígitos no final do governo Fernando Henrique Cardoso. Hoje, a equipe econômica tem um quadro mais favorável para mostrar ao FMI, com inflação dentro da meta de 5,1% neste ano, a relação dívida líquida pelo PIB em 51% e dólar abaixo de R$ 2,30.

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