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Quatro meses após o dirigente local do PC do B, Nelson Renato Vosniak, ser assassinado, o assunto ainda é um tabu para a população de Reserva. Com medo, os moradores da cidade falam muito pouco sobre o assunto em lugares públicos. "O pessoal acalmou um pouco, mas evita comentar o caso. Eles estão muito revoltados, mas o medo de represálias ainda é grande", disse o irmão do político morto, Luiz Carlos Vosniak, conhecido na cidade como Luizinho.

Abordadas pela reportagem, algumas pessoas se recusaram a comentar o assunto, mas uma moradora da cidade, que não quis se identificar, reflete a opinião de alguns deles. "Me dá uma raiva quando eu vejo ele (Flávio Hornung, assassino confesso) andando na rua tranqüilamente. Parece que ele matou um mosquito e não uma pessoa", diz.

De acordo com Luizinho, além do medo, a insegurança é constante. "Por estar envolvido com a política, temo pela minha vida", disse ele, que foi candidato a prefeito nas últimas eleições municipais, em 2004. Se sentindo ameaçado, o irmão do político assassinado cogita a possibilidade de comprar um colete à prova de balas.

A mãe de Vosniak, Terezinha Makoulhe Vosniak, de 56 anos, está vendendo sua casa, que fica em frente à residência dos pais de Flávio Hornung, onde ele mora. "Ela não suporta mais morar em frente à casa em que o assassino do filho dela está", disse Luizinho. (EB)

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