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Moro ressaltou que “a medida não visa coibir o poder de investigação a CPI, mas preservar o sigilo sobre investigações ainda em trâmite perante este Juízo”. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Moro ressaltou que “a medida não visa coibir o poder de investigação a CPI, mas preservar o sigilo sobre investigações ainda em trâmite perante este Juízo”.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações criminais da Operação Lava Jato, acolheu pedido da CPI da Petrobras e autorizou depoimento do empresário Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, alvo de investigação sobre corrupção, propinas e cartel na estatal petrolífera. Mas ele impôs restrições importantes - como Avancini tornou-se um dos delatores da Lava Jato e revelou detalhes também sobre conluio de empreiteiras em outras áreas do governo, o magistrado limitou seu relato ao esquema na Petrobras.

“Quanto a Dalton Avancini, para não prejudicar investigações em andamento nesta Vara, autorizo-o a responder apenas questões sobre crimes praticados no esquema criminoso envolvendo diretamente a Petrobrás, especificamente sobre os fatos já denunciados, ficando vedada, por ora, a revelação de outros crimes ou o fornecimento de informações sobre crimes ainda em investigação perante este Juízo”, assinalou Sérgio Moro.

O magistrado da Lava Jato ressaltou que “a medida não visa coibir o poder de investigação a CPI, mas preservar o sigilo sobre investigações ainda em trâmite perante este Juízo, sendo ele necessário para a eficácia das diligências”.

Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações, foi preso no dia 14 de novembro de 2014 pela Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato, que desmontou o braço empresarial do esquema de corrupção na Petrobras.

Em fevereiro de 2015, após 103 dias preso, o empresário fez delação premiada e obteve o benefício da prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, também fez delação.

Depoimentos de empreiteiros à CPI da Petrobras são adiados para quarta

Os depoimentos de executivos de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato à CPI da Petrobras que aconteceriam nesta terça-feira, 19, foram adiados para quarta-feira, 20, segundo informou o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e do diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca informaram que já tinham agenda de depoimentos em Curitiba (PR), sede da Lava Jato, nesta terça.

Na quinta-feira, 21, serão ouvidos o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, e Gerson de Mello Almada, vice-presidente da construtora Engevix. Até o início de junho, serão ouvidos o presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS suspeito de distribuir dinheiro do esquema de corrupção, o diretor financeiro da OAS, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Ricardo Pessoa, dono da UTC, e Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior.

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