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Marqueteiro João Santana e a esposa, Mônica Moura, foram presos na Operação Acarajé. | Henry Milleo/Gazeta
Marqueteiro João Santana e a esposa, Mônica Moura, foram presos na Operação Acarajé.| Foto: Henry Milleo/Gazeta

O juiz federal Sergio Moro decidiu na segunda-feira (28) enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações referentes às operações Acarajé e Xepa, 23.ª e 26.ª fases da Lava Jato, respectivamente. Com a decisão, os processos saem de Curitiba e aguardam posicionamento da Suprema Corte. Os ministros devem decidir se as investigações de pessoas sem prerrogativa de foro continuam em Brasília ou voltam à capital paranaense.

A Operação Acarajé teve como alvos o marqueteiro João Santana, sua esposa Mônica Moura e executivos vinculados à Odebrecht. A força tarefa estava investigando depósitos realizados pelo operador Zwi Skornicki e pela Odebrecht em contas secretas controladas por Santana e a .esposa. Além disso, os investigadores descobriram depósitos realizados por Skornicki em contas controladas pelos ex-funcionários da Petrobras Pedro Barusco e Eduardo Musa.

As investigações da 23.ª fase levaram à deflagração da Operação Xepa, que desvendou a existência do Setor Estruturado do Grupo Odebrecht, relacionado ao pagamento de propinas pelo grupo empresarial. Nas buscas na casa de Benedicto Barbosa da Silva Junior, funcionário da Odebrecht, os investigadores encontraram planilhas que retratam pagamentos efetuados a diversos agentes políticos, alguns com prerrogativa de foro.

No despacho, Moro diz que não há, a princípio, a presença de autoridades com prerrogativa de foro nas investigações que dizem respeito aos depósitos efetuados em favor do marqueteiro João Santana e sua esposa Mônica Moura, nem em favor de ex-funcionários da Petrobras. “Já quanto aos pagamentos identificados em planilhas apreendidas na residência do investigado Benedicto Barbosa da Silva Júnior, é prematura qualquer conclusão quanto à natureza deles”, avalia o juiz.

Mesmo assim, “por cautela”, Moro enviou todos os materiais ao STF, que deverá decidir se devolve à força-tarefa de Curitiba parte das investigações.

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