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Lava Jato

Moro manda soltar ex-secretário do PT e mantém empresário preso

O empresário Ronan Maria Pinto e o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira foram presos na última fase da operação Lava Jato, denominada Carbono 14

Silvio Pereira foi preso na 27 fase da Operação Lava Jato, batizada de Carbono 14. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Silvio Pereira foi preso na 27 fase da Operação Lava Jato, batizada de Carbono 14. (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

O juiz federal Sergio Moro decidiu no final da tarde desta terça-feira (5) converter a prisão temporária do empresário Ronan Maria Pinto em preventiva – ou seja, sem prazo pré-determinado – e soltar o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira.

Ambos foram presos na 27ª fase da operação Lava Jato, denominada Carbono 14, na última sexta-feira (1º).

Ronan é suspeito de ter recebido R$ 5,6 milhões do empréstimo de R$ 12 milhões obtido pelo pecuarista José Carlos Bumlai no banco Shahin, que seria destinado ao PT. A verba seria pagamento a uma ameaça feita pelo empresário a petistas.

Parte do dinheiro teria sido destinada a aquisição de um jornal com o objetivo de abafar notícias de sua possível participação no assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel.

O empresário foi ouvido pela Polícia Federal (PF) e disse desconhecer a transação, afirmando que conseguiu a verba por meio de um empréstimo. Moro considerou que as alegações de Ronan são frágeis e que há diversas provas apontando para a participação dele no esquema.

O juiz considera ainda que o empresário apresenta “risco à investigação”, já que é réu em cinco ações penais e possui uma condenação.

Solto

Silvio Pereira é suspeito de ter intermediado o repasse do dinheiro a Ronan e de ter recebido verbas da Petrobras. O ex-secretário nega. “Observo, quanto a ele, que apenas [o publicitário] Marcos Valério afirma sua participação no episódio [no empréstimo], o que no momento é insuficiente para qualquer conclusão”, escreve Moro, alegando que ainda são necessárias investigações sobre o envolvimento de Pereira no esquema.

Apesar de ser solto, Pereira não poderá deixar o país e será obrigado a comparecer aos atos do processo.

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