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Os executivos da Andrade Gutierrez foram presos em julho desse ano, na deflagração da 14ª fase da Lava Jato, batizada de Erga Omnés | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Os executivos da Andrade Gutierrez foram presos em julho desse ano, na deflagração da 14ª fase da Lava Jato, batizada de Erga Omnés| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O juiz federal Sergio Moro marcou, nesta terça-feira (27), os interrogatórios dos réus no processo envolvendo executivos da Andrade Gutierrez na Lava Jato. As oitivas começam no dia 10 de novembro, com os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ambos colaboradores da força-tarefa.

No dia 12 de novembro é a vez dos operadores Mario e Lucélio Goes, do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e do lobista Fernando Soares – todos também delatores do esquema. Por terem firmado acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, os réus perdem o direito a permanecerem em silêncio e deverão responder a todas as perguntas realizadas nas audiências. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque também será ouvido.

Os demais réus do processo – todos executivos da Andrade Gutierrez – serão ouvidos nos dias 12 e 13 de novembro. O presidente da empreiteira, Otavio Marques de Azevedo, será ouvido no último dia de interrogatórios.

Denúncia

Segundo a denúncia do MPF, ao analisar R$ 8,9 bilhões em contratos da Andrade Gutierrez com a Petrobras, foram identificados pagamentos de propina de R$ 1,5 milhão para Youssef, que fazia o repasse ao PP. Outros R$ 3,16 milhões passaram pelos operadores Fernando Soares e Armando Furlan para chegar a Costa e ao PP e PMDB. Os repasses ao PT, segundo a denúncia, chegaram a Barusco e a Duque através dos operadores Mario Goes e Lucélio Goes. O valor desviado ao PT é de cerca de R$ 5 milhões e US$ 1 milhão entre 2007 e 2010.

Os interrogatórios marcam o início do fim do processo. Os réus são os últimos a serem ouvidos, depois das testemunhas de acusação e de defesa, respectivamente. Depois dessa fase, será a vez do MPF e das defesas apresentarem suas alegações finais. Em seguida, o juiz deve proferir a sentença. Os executivos da Andrade Gutierrez foram presos em julho desse ano, na deflagração da 14ª fase da Lava Jato, batizada de Erga Omnés.

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