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| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O juiz federal Sergio Moro vai retomar nesta quarta-feira (30) o julgamento do ex-presidente Lula e outros sete envolvidos no caso do tríplex no Guarujá, no litoral norte de São Paulo. Moro vai voltar a ouvir as testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Federal (MPF) no processo. Ao todo serão sete testemunhas – todas com previsão para serem ouvidas no mesmo dia.

O primeiro a falar, às 9h30, será o empreiteiro Armando Dagre Magri. Ele é dono da Talento Construtora, empresa contratada pela OAS para a reforma no apartamento que supostamente pertence a Lula no Edifício Solaris, no Guarujá. Em seguida presta depoimento Alberto Ratola de Azevedo, dono da empresa de engenharia terceirizada pela Talento para a realização da obra.

Ainda pela manhã o juiz vai ouvir Eduardo Bardavira, que era proprietário do tríplex antes de o imóvel ser supostamente presenteado ao ex-presidente Lula. O pecuarista e amigo do ex-presidente José Carlos Bumlai também será ouvido. As quatro primeiras testemunhas vão prestar depoimento por videoconferência com a Justiça Federal de São Paulo.

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Já às 14 horas, Moro vai ouvir duas testemunhas por videoconferência com Salvador. São dois executivos ligados a empreiteira OAS: Carmine de Siervi Neto e Ricardo Marques Imbassahy – diretor superintendente e diretor financeiro, respectivamente. Para finalizar as oitivas, depõe o advogado Rodrigo Garcia da Silva, também por videoconferência, desta vez com São Bernardo do Campo.

Quem já foi ouvido

Na semana passada, Moro ouviu 11 testemunhas de acusação, todos delatores da Lava Jato. Foram quatro dias de depoimentos para ouvir o executivo da Toyo Setal Augusto Mendonça, os executivos da Camargo Correa Dalton Avancini e Eduardo Leite, o ex-senador Delcídio do Amaral, os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, o ex-deputado Pedro Correa, o doleiro Alberto Youssef, o lobista Fernando Soares e o operador Milton Pascowitch.

Pausa

Depois das audiências desta quarta-feira, Moro vai dar uma pausa no julgamento de Lula e dos demais réus no processo. A próxima audiência designada para oitiva de outras testemunhas de acusação será somente no dia 12 de dezembro.

Com isso, Lula deve vir a Curitiba prestar depoimento no processo somente depois do fim do recesso judiciário, no ano que vem. Isso porque o interrogatório dos réus é uma das últimas etapas do julgamento. Antes, Moro deve ouvir as testemunhas de defesa arroladas por todos os réus do processo.

Mas o ex-presidente Lula será ouvido por Moro também nessa quarta-feira (30), mas em outro processo. Ele foi arrolado como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Entenda o caso

O ex-presidente Lula foi denunciado pelo Ministério Público Federal em setembro por ter recebido R$ 3,7 milhões em propina da empreiteira OAS, uma das beneficiárias do esquema de corrupção na Petrobras. Essa propina, de acordo com a denúncia, foi paga por meio de um apartamento triplex no Guarujá (SP) e pelos custos de armazenamento de bens do ex-presidente depois que ele deixou a Presidência da República.

Outras sete pessoas também foram denunciadas, entre elas a esposa de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, o ex-presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto e executivos da OAS.

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