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Plínio: quarto lugar na eleição presidencial de 2010 | Marcelo Casal/ABr
Plínio: quarto lugar na eleição presidencial de 2010| Foto: Marcelo Casal/ABr

Morreu ontem em São Paulo aos 83 anos o ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio. Vítima de câncer ósseo, Plínio estava internado há cerca de um mês no Hospital Sírio-Libanês. Segundo o hospital, o ex-deputado morreu em decorrência de falência de múltiplos órgãos e sistemas.

Na eleição de 2010, Plínio de Arruda Sampaio concorreu à Presidência da República pelo PSol, ficando em quarto lugar na disputa. Natural de São Paulo, formado em Direito pela USP, Plínio foi promotor público e elegeu-se deputado federal em 1962, pelo extinto Partido Democrata Cristão (PDC). Reeleito duas vezes deputado, teve o mandato cassado pelo Ato Institucional n.º 1 (AI-1), exilou-se no Chile e nos Estados Unidos e voltou ao Brasil em 1976, no início do processo de reabertura política.

Um dos fundadores do PT, Plínio de Arruda Sampaio participou da campanha das Diretas Já. Elegeu-se deputado federal constituinte em 1986, quando defendeu uma reforma agrária que previa o fim dos latifúndios. Na Assembleia Nacional Constituinte, foi vice-líder do PT em 1987 e, em 1988, substituiu o então líder Luiz Inácio Lula da Silva no comando da bancada. Plínio deixou o PT em 2005, desiludido com o escândalo do mensalão. Ajudou a fundar o PSol e disputou o governo de São Paulo no ano seguinte. Em 2010, aos 80 anos, lançou-se em uma espécie de anticandidatura à Presidência. Com tiradas bem-humoradas, virou atração dos debates presidenciais, mas não conseguiu se aproximar de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) nas pesquisas.

Com a saúde debilitada, ele acompanhou de longe a desistência de Randolfe Rodrigues e a escolha de Luciana Genro como nova candidata do PSol ao Planalto.

De acordo com Francisco, o mais velho dentre os seis filhos, Plínio pediu-lhe que levasse ao hospital um livro que estava terminando de traduzir. "O livro fala sobre a história da humanidade do ponto de vista do povo. Ele queria muito terminar essa tradução, mas por conta das dores não conseguiu achar posição na cama para escrever", disse Francisco. Em 2001, Plínio teve um câncer no estômago, do qual se recuperou, mas perdeu muitos quilos e desde então estava pesando por volta de 51 kg.

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