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Morreu neste sábado o estudante Vítor Sampaio Chrisóstimo da Silva, de 14 anos, baleado por um colega na última quarta-feira, na Escola Municipal Belmiro Medeiros, Ilha do Governador. O menino, que já tinha morte cerebral diagnosticada, estava sendo mantido vivo por ajuda de aparelhos no hospital Miguel Couto.

O autor do tiro foi outro aluno da 6ª série da Escola Municipal Belmiro Medeiros e que também tem 14 anos. Após o crime, ele fugiu para a casa da avó, onde foi detido pela polícia e levado para Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. O menor foi ouvido na quinta-feira pelo juiz auxiliar da 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, Thomás de Souza e Melo. O juiz preferiu aguardar por mais informações antes de tomar uma decisão sobre o destino do jovem. Enquanto isso, ele vai permanecer no Centro de Triagem e Recepção do Instituto Padre Severino, na Ilha do Governador.

A polícia acredita que o disparo tenha sido acidental e trabalha com a hipótese de ter sido feita a brincadeira de roleta-russa. O rapaz teria levado a arma para exibir aos amigos e contado ao delegado Luís Lima, da 37ª DP (Ilha), que ele e outros cinco colegas brincavam de roleta-russa na sala de aula, durante o intervalo, quando Vítor foi atingido acidentalmente.

O menor teria encontrado o revólver em cima de uma laje da casa de um vizinho, na Praia da Rosa. A polícia fez buscas mas não localizou a arma. O acidente aconteceu na manhã de quarta-feira.

- A porta estava fechada. Todo mundo ouviu o barulho e se assustou. Tinham dois amigos meus que saíram correndo, gritando. A professora chegou e disse que tinha gente baleada - contou um outro menino em entrevista ao "RJ TV".

Baleado na cabeça, o estudante foi socorrido por policiais e levado de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. O Hospital Paulino Werneck, o mais próximo, está sem emergência.

Vítor cursava a sexta série na Escola Municipal Belmiro Medeiros, na Praça Papai Noel, no bairro do Moneró. Ele estava há pouco mais de um mês na cidade. Com a separação dos pais, saiu de Saquarema, na Região dos Lagos, e foi morar com a mãe no Rio.

O delegado 37ª DP (Ilha do Governador) e a promotora da Infância e da Juventude ouviram alunos que estavam na sala no momento do acidente.

- As crianças vêm estudar e a gente recebe a notícia em casa de que um aluno foi baleado - criticou uma mãe.

Duas amigas do jovem foram socorridas e levadas em estado de choque ao Hospital municipal Paulino Werneck, na Ilha. Uma delas está grávida e, segundo guardas municipais, poderia perder o bebê.

A assessoria de imprensa da Secretaria municipal de Educação informou que abrirá uma sindicância para apurar as responsabilidades sobre o incidente. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 45 dias.

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