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Subiu para 107 o número de criminosos mortos pela polícia. Todos são suspeitos de terem participado dos ataques violentos em São Paulo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado, que divulgou o balanço na tarde desta quarta-feira, as mortes ocorreram em situação de confronto com a polícia. Também foram presos 124 suspeitos e 146 armas apreendidas.

A secretaria registrou 293 ataques: 82 a ônibus, 56 a residências de policiais, 17 a bancos e caixas eletrônicos, um a garagem de ônibus, um a estação de Metrô, um a uma base da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), e outras 135 agressões diversas.

Os policiais assassinados chegam a 45. São 22 policiais militares, seis policiais civis, oito guardas municipais, dois agentes de segurança e 16 cidadãos. O secretario estadual de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu, disse nesta quarta-feira que a situação está sob controle. Nesta quinta-feira ele disse que os sinais de celular já estarão cortados nas áreas perto dos presídios.

- Com a comunicação cortada, a ação da polícia será facilitada - afirmou.

O secretário disse que houve muitos 'mercenários' que aproveitaram a ondade violência e receberam dinheiro para colocar fogo em ônibus.

Entre a noite de quarta e a madrugada desta quinta-feira os boatos de que novos ataques ocorreriam na cidade deixaram a população em pânico . A Secretaria de Segurança Pública emitiu um alerta para que as delegacias policiais reforçassem a segurança. Bases da PM foram removidas de vários locais da cidade. Foi uma forma de concentrar os policiais em determinadas áreas para reforçar a segurança nas delegacias.

No início da noite, pelo menos cinco ônibus foram queimados. Novas tentativas de ataques à bases da polícia também ocorreram. Por volta de meia-noite, a polícia recebeu informações de que haveria ataque à delegacia perto da favela de Heliópolis. Os policiais invadiram a favela. Três pessoas morreram. Com elas foi encontrado um arsenal de armas e munições, como um fuzil AR-15, bombas de fabricação caseira e uma granada.

Na Penha, dois homens numa moto atiraram de cima de um viaduto contra o prédio de uma delegacia. Em seguida, fugiram. Ninguém se feriu.

Em Guarulhos, dois motoqueiros que mandaram faculdades encerrar as aulas foram mortos em confronto com a polícia. Um terceiro homem foi morto depois de trocar tiros com a polícia e a suspeita é que ele também faria um ataque a uma delegacia.

Em Osasco, uma quadrilha tentou invadir um batalhão da Polícia Militar, na Grande São Paulo. Um dos criminosos foi baleado. Na favela do Limpão, em São Bernardo do Campo, uma viatura da polícia foi alvejada quando fazia a ronda.

Em Campinas, dois homens que fariam ataque a uma delegacia foram mortos. Um suspeito de ser o mandante foi preso. O nome dele é Everson Pereira da Silva, preso com submetralhadoras e coletes à prova de bala.

Em Valinhos, na região de Campinas, uma bomba explodiu no colo de um motoqueiro que estava na garupa de uma moto. O artefato seria usado num atentado à delegacia. Um deles ficou gravemente ferido pelos estilhaços. Nenhum deles tinha passagem anterior pela polícia.

Em São Sebastião, homens invadiram e incendiaram máquinas e depósito de papel de um jornal local. Um jornalista ficou ferido. A manchete do jornal era 'Medo volta a cancelar aulas'. Também em São Sebastião, quatro homens invadiram um hospital e mataram um homem que estava internado.

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