Depois de quase quatro horas de reunião com o gerente de projetos da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades, Cesar Ramos, os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) deixaram a sede do órgão, em Brasília. No entanto, lideranças do MTST afirmaram que se as promessas do governo não forem cumpridas voltarão a ocupar novos prédios públicos.
"A reunião foi muito boa, mas se os órgãos que estavam na reunião não cumprirem o que prometerem, a gente volta a ocupar ministério e outros órgãos públicos", disse Edson Francisco da Silva, um dos dirigentes nacionais do MTST à Agência Brasil.
De acordo com Ramos, a reunião serviu para transmitir aos manifestantes que o governo está disposto a atender as reivindicações. Contudo, ele acentuou que a solução dos problemas não depende só do governo federal, mas também de negociações com governos estaduais.
"A maior razão das reivindicações é oriunda dos conflitos fundiários. Esses conflitos ocorrem em várias cidades, mas a questão central é a de que a renovação que está ocorrendo nas cidades brasileiras por força das obras de infraestrutura e melhorias urbanas está gerando muito conflito e desalojamento de famílias e precisam ter soluções", argumentou Ramos. "Vamos buscar os acordos [para evitar os despejos]", acrescentou.
Durante a reunião foi assinado um documento em que o Ministério das Cidades se compromete a dialogar com governos estaduais, prefeituras, Poder Judiciário e Ministério Público para, ao menos, adiar o cumprimento de mandatos de despejo nos estados de Minas Gerais, São Paulo, do Rio de Janeiro e Distrito Federal.
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