Depois da malograda tentativa de fazer o projeto de reforma eleitoral de iniciativa popular ser votado a tempo de valer para as eleições de 2014, os representantes do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) voltaram a se articular para ganhar mais adesões e assinaturas para o projeto Eleições Limpas. A Força Sindical do Paraná, que aderiu ao movimento há cerca de dois meses, realizou ontem no plenarinho da Assembleia Legislativa, em Curitiba, um seminário para discutir o projeto com líderes sindicais e representantes de outras entidades da sociedade civil. A Força também vai arrecadar as assinaturas necessárias para levar o projeto ao Congresso.
Esse é um dos dez seminários que a Força Sindical está realizando no estado desde o dia 19 de novembro, segundo o presidente da central no Paraná, Nelson Silva de Souza, o Nelsão. Depois de Curitiba, será a vez de Foz do Iguaçu (hoje) e Cascavel (amanhã). "O objetivo é conscientizar os trabalhadores sobre o projeto e fazer com que a discussão da reforma eleitoral chegue até às portas das fábricas e às comunidades", afirmou.
A Força Sindical pretende coletar 150 mil assinaturas no Paraná. De acordo com Nelsão, cerca de 20 mil pessoas já aderiram ao abaixo-assinado na Grande Curitiba. Pela lei, um projeto de iniciativa popular precisa do equivalente a 1% do eleitorado nacional para ser apresentado ao Congresso o que corresponde a 1,6 milhão de assinaturas.
Pressão popular
Representantes do MCCE no seminário, o juiz maranhense Márlon Reis destacou a importância de continuar com a campanha. Ele celebrou a adesão da Força Sindical. "O fato de o Congresso ter aprovado essa minirreforma eleitoral, que não toca em nada do que é essencial, é uma prova de que essa reforma só chegará a votação por uma pressão social grande o bastante para não ser ignorada", acredita. Segundo ele, o projeto do movimento Eleições Limpas já conta com 300 mil assinaturas em todo o país.
A proposta do Eleições Limpas prevê, entre outras medidas, o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas, e uma eleição em dois turnos para escolher deputados (no primeiro, vota-se no partido e, depois, no candidato). A próxima avaliação do MCCE quanto às assinaturas e o andamento da campanha, segundo Reis, será feito em maio de 2014. "Aí vamos ver quais serão os próximos passos da campanha."
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