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O Ministério Público (MP) do Paraná vai abrir investigação para apurar a suspeita de que a mãe do senador paranaense Sérgio Souza (PMDB), Erotildes Matias de Souza, de 62 anos, tenha sido funcionária fantasma do gabinete do então deputado estadual Orlando Pessuti (PMDB). Os promotores de Justiça vão averiguar ainda o motivo pelo qual o salário dela era depositado pela Assembleia Legislativa do Paraná na conta do atual senador. Outro tópico da investigação será o horário de expediente que Sérgio Souza cumpria quando trabalhava no Tribunal de Contas do Estado, já que ele também exercia cargo na assessoria de Pessuti.

Sérgio Souza foi apontado pela revista Veja como sendo um dos investigados pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) num suposto esquema de desvio de dinheiro da Assembleia do Paraná que ficou conhecido como "gafanhoto". A prática consistia no depósito dos salários de vários servidores do Legislativo do Paraná na conta de uma única pessoa, normalmente ligada a um deputado, que manipulava o dinheiro. Isso, segundo os procuradores do MPF, levanta a suspeita de que havia desvio do dinheiro.

A revista ainda levantou indícios de que Erotildes era funcionária fantasma do gabinete de Pessuti – o que foi refutado pelo senador. Para a Veja, Sérgio Souza afirmou que sua mãe trabalhou para Pessuti, na cidade de Ivaiporã por cerca de cinco meses. A função exercida por ela seria uma espécie de assistência social, recebendo pessoas doentes e as encaminhando para médicos, atendendo à população de forma geral.

A rotina de trabalho descrita por Sérgio Souza para explicar o vínculo com o ex-deputado Orlando Pessuti também levantou suspeitas. O senador afirmou que no período de cinco anos em que trabalhou no TC ele também trabalhou na Assembleia com Pessuti, mas sem receber salários, apenas "por gratidão". Ainda segundo Sérgio Souza, ele ia toda manhã para Assembleia, à tarde para o TC e à noite estudava.

O esquema gafanhoto vem sendo investigado na esfera criminal pela PF e pelo MPF desde 2006, mas segundo os procuradores que estão à frente do caso, a prática funcionou entre os anos de 2001 e 2004.

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