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Justus já responde a seis ações de improbidade | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Justus já responde a seis ações de improbidade| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

O Ministério Público do Paraná (MP) cumpriu ontem 13 mandados de busca e apreensão nas casas de 11 funcionários e ex-servidores da Assembleia Legislativa que trabalharam no gabinete da presidência da Casa na gestão do deputado Nelson Justus (DEM) – de 2007 a 2010. Entre os alvos, estão Sérgio Roberto Monteiro, atual chefe de gabinete do parlamentar, e Luiz Alexandre Barbosa, que é assessor no gabinete de Justus.

A operação faz parte da investigação criminal aberta pelo MP que tem como alvo o expresidente e é relacionada ao caso dos "Diários Secretos", revelado pela Gazeta do Povo e RPCTV em 2010. Como Justus tem foro privilegiado por ser deputado, o procedimento tramita no gabinete do procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, e os pedidos de busca e apreensão foram autorizados pelo Tribunal de Justiça.

Durante a operação, foram apreendidos documentos na casa dos 11 investigados. Dois foram presos por porte ilegal de arma. Eles foram soltos após pagar fiança. O MP não se manifestou oficialmente sobre a operação porque a investigação é sigilosa.

Fantasmas e laranjas

A promotoria estadual investiga indícios da contratação de funcionários fantasmas no gabinete da presidência da Assembleia na gestão de Justus. Existem ainda suspeitas do uso de "laranjas" num suposto esquema de desvio de dinheiro público – o que pode configur crime de peculato. O material apreendido nas casas dos investigados já começou a ser analisado e deve ajudar na apuração do caso.

Além da investigação criminal, o MP apura ainda um possível ato de improbidade administrativa de Justus durante a gestão como presidente da Casa. O deputado já responde a seis ações de improbidade propostas pelo MP por causa das denúncias de irregularidades mostradas na série "Diários Secretos".

A Gazeta do Povo não conseguiu localizar ontem Justus e os funcionários dele Sérgio Monteiro e Luiz Alexandre Barbosa. Por causa do horário, eles não foram encontrados na Assembleia Legislativa.

Esquema

As primeiras denúncias do caso foram feitas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens "Diários Secretos" . Em 2010, as reportagens mostraram um esquema de desvio de dinheiro público dentro da Assembleia do Paraná. Na época, foi revelada uma rede montada por Justus usando-se de cargos na presidência da Casa – só Sérgio Monteiro teve 20 parentes empregados no gabinete de Justus e na presidência.

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