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O desembargador Rosene Arão Cristo Pereira, do Tribunal de Justiça do Paraná, negou liminar solicitada, em mandado de segurança, pelo deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Curitiba Carlos Simões (PR) contra a promotora de Justiça Terezinha Signorini, que solicitou informações sobre a contratação de parentes em cargos comissionados pelo parlamentar.

Simões negou-se a responder, alegando que a promotora não tem legitimidade para solicitar informações diretamente a uma autoridade. Teria, segundo o advogado de Simões, Antônio Carlos de Andrade Viana, que requerer ao procurador-geral de Justiça o pedido. O Ministério Público Estadual (MP) entrou ontem com ação cautelar para obter as informações.

Segundo o advogado Andrade Viana, seu cliente não vai prestar as informações, a não ser que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordene. "Essa promotora está desrespeitando a Constituição Federal e as leis Orgânica do MP e de Improbidade Administrativa. Isso é bisbilhotar autoridades", disse o advogado. Segundo Viana, o MP está desmoralizado. "Por que não perguntam mais sobre o nepotismo no Executivo estadual? O governador deu um coice no MP e ficou feio para a instituição.", disse o advogado.

Viana disse que Simões não dará as informações nem ao Tribunal de Justiça do Paraná e atacou o desembargador que no despacho escreveu que "os membros de cargos eletivos, seja do Executivo, seja do Legislativo, têm a estranha e reiterada idéia de serem ‘intocáveis’, de modo que, qualquer que seja a iniciativa de fiscalizá-los, gritos são imediatamente lançados, sempre com a mesma razão, de tentar fundamentar a ‘blindagem’ que não existe na Carta Constitucional".

De acordo com Viana, o desembargador desconhece as leis. "As considerações dele são impróprias para um membro do TJ. Vou mandar uns livros para ele, que se desacostumou a ler".

Segundo Signorini, as declarações contra ela e o desembargador são absurdas. "Houve uma delegação do Conselho Superior do MP para eu fazer o pedido. O assunto será resolvido na Justiça."

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