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Amauri Escudero: ação contra empresária | ANPr
Amauri Escudero: ação contra empresária| Foto: ANPr

O Ministério Público do Paraná (MP) abriu uma investigação para apurar a denúncia feita pela empresária Ana Cristina Aquino à revista IstoÉ. Segundo ela, integrantes do governo do Paraná planejavam pressionar a Renault para que a montadora contratasse os serviços de sua empresa de transportes, a AG Log. A investigação será feita pela Promotoria de Defesa do Patrimônio de Curitiba.

Ana Aquino disse à IstoÉ que a AG Log repassaria parte do valor do contrato firmado com a Renault para o advogado João Alberto Graça e outra quantia para Amauri Escudero, chefe do escritório de representação do governo do Paraná em Brasília. A empresária afirmou ainda ter pago R$ 500 mil para o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Pepe Richa, irmão do governador Beto Richa (PSDB). Escudero e Richa negam as acusações.

O advogado de Pepe Richa, Rodrigo Xavier Leonardo, enviou nota em que o secretário "agradece e elogia a rápida iniciativa do Ministério Público de averiguar as absurdas e mentirosas afirmações" publicadas. "Lamentavelmente, às vésperas de pleitos eleitorais, é usual que homens públicos sejam vitimados por mentiras elaboradas e publicadas irresponsavelmente", diz a nota.

Também em nota, Amauri Escudero disse considerar importante a investigação do MP. "Com a entrada no caso os promotores poderão, inclusive, acompanhar as medidas judiciais e policiais que estão sendo adotadas contra a empresária Ana Aquino e contra a publicação."

O líder da oposição ao governo Beto Richa na Assembleia Legislativa, Tadeu Veneri (PT), cobrou ontem a apuração do caso. "Ana Aquino disse que sacou R$ 500 mil para dar ao Pepe Richa. Se isso é verdade, ela deve ter um extrato bancário que comprove. Não dá para simplesmente desqualificar a denúncia", avaliou.

A assessoria da Renault informou que a AGX Log (braço da AG Log com sede em Curitiba) não presta serviços para a montadora e que nunca houve contato com representantes da empresa. A reportagem tentou contato com Ana Aquino na sede da AG Log, em Betim (MG), mas ela não retornou a ligação até o fechamento desta edição. A reportagem também tentou contato com João Graça, mas não foi possível localizá-lo em seu escritório em Curitiba.

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