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Dentro de duas semanas, o Ministério Público do Paraná (MP) deve começar a investigar o emprego de parentes do governador Roberto Requião (PMDB) e de outros integrantes do Executivo em cargos públicos. A ata que determina a apuração foi aprovada ontem pelo Conselho Superior do MP e deve ser publicada no Diário Oficial de Justiça. Não há prazo para conclusão das investigações.

O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Luiz Eduardo Trigo Roncaglio, será o responsável pelas investigações. O pedido para investigar as contratações de parentes de Requião foi feito pelo candidato ao governo Rubens Bueno (PPS). O MP decidiu investigar também a prática do nepotismo entre secretários de estado e diretores de autarquias estaduais.

"Desde março estamos pleiteando tais investigações. Imaginamos que agora haverá seqüência, com um processo agilizado", afirmou Rubens Bueno. "Confiamos no Ministério Público e esperamos ter uma resposta a essa privatização dos empregos ainda este ano", disse o candidato. Segundo ele, os valores recebidos pelos parentes do governador e dos secretários deverão ser ressarcidos aos cofres públicos.

Rubens Bueno lembrou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Comercial do Paraná (ACP) são contra o nepotismo. "E a população também. Haverá pressão da opinião pública. Todos condenam tal atitude", disse. "O nepotismo causa um efeito ruim para o estado. Devem ser empregadas pessoas qualificadas. O servidor público deve ser incentivado e não desestimulado, como ocorre hoje em dia."

Segundo o candidato do PPS, o Ministério Público tem de apurar o assunto da mesma forma em que "foi para cima dos prefeitos e vereadores". Promotores do MP já entraram com ações civis públicas pedindo o afastamento de parentes de até 3.º grau das autoridades dos poderes Legislativo e Executivo em 16 cidades do estado. Nas ações, os promotores alegam que os princípios constitucionais da moralidade, impessoalidade e isonomia são suficiente para que a contratação de parentes em funções públicas seja considerada ilegal.

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