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O Ministério Público do Paraná (MP) investiga desde segunda-feira denúncias de irregularidades no concurso público para o cargo de técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), realizado no último domingo. Uma possível irregularidade é a violação dos envelopes das provas para deficientes auditivos.

Um dos candidatos com deficiência auditiva afirma que, em uma sala do Câmpus Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o envelope com as provas já estaria aberto, quando deveria estar lacrado, e os testes estavam sobre a mesa dos fiscais. Isso contraria as próprias instruções iniciais da avaliação, que informavam que dois candidatos deveriam acompanhar a abertura dos envelopes. O candidato que constatou o caso registrou Boletim de Ocorrência e procurou o MP.

A UFPR, que foi a responsável pela elaboração da prova e pela posterior aplicação da avaliação, informou por meio da assessoria de comunicação que os testes foram abertos pelos inspetores do local, mas foram encaminhados já sem o envelope lacrado para as demais salas. Ainda segundo a universidade, o que levou a essa questão foi que as inscrições dos candidatos, feitas pelo TJ, foram entregues com atraso ao Núcleo de Concursos, o que impossibilitou a alocação desses candidatos de forma adequada.

Possível anulação

Para o professor de Di­reito Administrativo da Unicuritiba Luciano Elias Reis, que também preside a Comissão de Gestão Pública e Controle da Admi­nistração da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), se forem comprovadas as irregularidades, a anulação do concurso público é desejável. "Quem garante que alguém não teve acesso às provas que não estavam lacradas? Isso fere a igualdade de participação dos candidatos", disse Reis.

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