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O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), entregou nesta quarta-feira o relatório parcial da comissão ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. O relatório pede a abertura de processos contra por quebra de decoro parlamentar contra os 72 parlamentares acusados de envolvimento na compra e venda de ambulâncias superfaturadas.

Na ocasião, o procurador-geral avisou a Biscaia que novos pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares podem ser encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF) até a próxima semana, com base nas investigações conduzidas pela CPI dos Sanguessugas. Biscaia disse ainda que as investigações conduzidas pela CPI podem colaborar também nos processos contra parlamentares já em curso no âmbito do STF.

- Esse trabalho irá instruir os 57 inquéritos já instaurados. Agora não é questão relacionada com ação parlamentar. Aqui é prática de conduta criminal que está sob responsabilidade do procurador-geral da República - concluiu.

O grande número de prefeituras envolvidas com a máfia das ambulâncias é o novo desafio da CPI das Sanguessugas. Dados da Controladoria-Geral da União (CGU), incluídos no relatório parcial, apontam que o esquema envolveu quase 600 administrações municipais. Esse volume preocupa o procurador-geral da República, que, segundo Biscaia, defende um trabalho conjunto para a condução das investigações.

- Ele (o procurador) falou que, pelo grande número de prefeituras envolvidas, o trabalho terá alguma dificuldade. Por isso, ele quer um entrosamento não só com a CPI, mas principalmente com a CGU.

O envolvimento de prefeituras é um dos focos das atuais investigações conduzidas pela CPI. O procurador-geral da República afirmou a Biscaia que tem recebido provas consistentes que evidenciam o envolvimento de prefeitos com o esquema de corrupção desmontado pela Operação Sanguessuga.

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