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Elza Pereira: suspeita de usar conta de ONG para ocultar desvios do BNDES | Márcio Fernandes/AE
Elza Pereira: suspeita de usar conta de ONG para ocultar desvios do BNDES| Foto: Márcio Fernandes/AE

O Ministério Público Federal em São Paulo informou ontem que acrescentou novas denúncias no caso da Operação Santa Tereza, que investigou no ano passado desvios na aplicação de recursos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lavagem de dinheiro, prostituição e tráfico de pessoas.

Segundo um comunicado, o MPF incluiu mais 4 pessoas, entre elas o ex-prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão, e a mulher do deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), Elza Pereira, no processo.

O MPF também fez novas acusações contra quatro réus no processo, que tramita na 2ª Vara Federal Criminal Especializada em Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro de São Paulo, entre elas o advogado Ricardo Tosto, agora acusado também pelo crime de lavagem de dinheiro.

Segundo investigações da Polícia Federal e do MP, Elza Pereira teria permitido o uso da conta-corrente do Centro de Atendimento Biopsicossocial Meu Guri, ONG que ela preside, para ocultar uma parcela dos valores desviados de contratos do BNDES firmados com a prefeitura de Praia Grande e Lojas Marisa.

As acusações levaram à abertura de um processo contra Paulinho por quebra de decoro parlamentar. O deputado foi absolvido em dezembro pelo Conselho de Ética da Casa.

Sem explicação

O BNDES não soube explicar como fiscalizou o dinheiro emprestado e supostamente desviado pela prefeitura de Praia Grande e por ONGs ligadas à Força Sindical. A afirmação é da procuradora da República Adriana Scordamaglia. De acordo com a procuradora, o BNDES tem a obrigação de fiscalizar o dinheiro que empresta, principalmente porque o valor é liberado em parcelas. ""O BNDES" teria de fiscalizar", afirmou a procuradora.

Fiscalização

Ela disse que as pessoas responsáveis pelos empréstimos do banco foram questionadas sobre essa fiscalização, mas não souberam responder como ela foi feita. "Em algumas respostas que eles nos deram, eles afirmam que fiscalizaram, mas o trâmite do dinheiro e o emprego do dinheiro, onde ele foi depositado, eles não sabem responder", disse.

A procuradora afirmou que não descarta a participação de algum funcionário do BNDES no suposto desvio, mas que nada foi "detectado" nas investigações.

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