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Ministério Público Federal pede que a Petrobras dê mais detalhes sobre a compra de Pasadena. | Tânia Rêgo/Agência Brasil
Ministério Público Federal pede que a Petrobras dê mais detalhes sobre a compra de Pasadena.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os investigadores da Operação Lava Jato encontraram provas que indicam o recebimento de propina por parte de ex-funcionários da Petrobras em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o que pode resultar no cancelamento do negócio, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF), nesta s egunda-feira (16). “Pudemos aprofundar as investigações e nós já temos nomes de funcionários e colaborações que indicam o recebimento de propinas”, disse o procurador em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

“É importante este caso porque, quem sabe, com estas provas, nós consigamos, talvez, ou anular a compra, ou quem sabe talvez ressarcir o patrimônio público brasileiro”, acrescentou.

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A controversa aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, é investigada por vários órgãos. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou em dezembro do ano passado perdas de 659,4 milhões de dólares da Petrobras na compra da refinaria.

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Ao final do processo de aquisição, a estatal pagou 1,25 bilhão de dólares por Pasadena e ainda teve de fazer investimentos de 685 milhões de dólares em melhorias operacionais e manutenção. A compra da “ruivinha” --chamada assim por causa da ferrugem na refinaria, segundo Lima – foi um “péssimo negócio” em que muitos se beneficiaram, disse o procurador.

Houve pagamento de propina por parte da Astra Oil, empresa que vendeu a refinaria à estatal, a então funcionários da Petrobras, afirmou Lima. A compra da refinaria de Pasadena é um dos alvos da nova etapa da operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda, assim como a construção da Rnest, refinaria também conhecida como Abreu e Lima.

Na nova etapa da Lava Jato, que recebeu o nome “Corrosão”, foram expedidos 18 mandados judiciais tendo como alvo ex-funcionário da estatal suspeitos de recebimento de propina em contratos relacionados às duas refinarias.

Em uma outra frente da nova fase, a PF investiga atuação de um novo operador financeiro no esquema identificado como facilitador de movimentação de recursos indevidos pagos a membros da diretoria de Abastecimento da Petrobras, à qual estão vinculadas as refinarias brasileiras.

“Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro dentre outros crimes em apuração”, disse a PF no comunicado.

Um dos primeiros presos da Lava Jato foi o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que ficou no cargo entre 2003 e 2008, intervalo em que a Petrobras realizou a compra da refinaria de Pasadena. A Lava Jato prendeu ainda os ex-diretores de Serviços e de Abastecimento, Renato Duque e Paulo Roberto Costa, respectivamente, e Jorge Zelada, que sucedeu Cerveró na área internacional.

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