• Carregando...

O procurador do Ministério Público Federal, Pedro Barbosa, endossou o pedido feito pela Polícia Federal (PF) e entregou nesta quinta-feira um processo em que também pede a prisão do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, e do filho dele, Flávio. O processo foi entregue à juíza da 2ª Vara Criminal Federal, Silvia Rocha. Ao contrário da PF, no entanto, Pedro Barbosa não pediu a prisão do ex-prefeito Celso Pitta, apadrinhado político de Maluf.

Maluf é acusado pelo doleiro Vivaldo Alves, conhecido como Birigüi, de enviar recursos ilegalmente para o exterior. O ex-prefeito nega a acusação e diz que Birigüi tentou extorqui-lo antes de depor à PF. Em nota, Maluf diz que Birigüi foi "subornado pelo delegado Protógenes Queiroz, que lhe prometeu os benefícios da delação premiada se o depoente falasse contra Paulo Maluf".

Entre os documentos liberados pela promotoria de Nova York, existe uma lista de depósitos de quase US$ 11 milhões, feitos na conta "Chanani", que segundo Birigüi era a principal conta operada por ele a mando de Flávio Maluf. Para o Ministério Público, esse dinheiro é propina paga a Maluf em 1998.

Apesar de ter deixado a Prefeitura em 1996, o Ministério Público acredita que haveria um acordo para que Maluf continuasse a receber a propina da empreiteira Mendes Júnior até 1998. A Mendes Júnior afirma que nunca fez pagamento irregular a Maluf. Segundo a PF, dados apresentados por Birigüi, em seu livro-caixa, bateriam com números entregues em 2002 ao MP pelo ex-tesoureiro da Mendes Júnior. Maluf questiona as informações dadas pelo doleiro.

- Os depósitos coincidiram com a emissão desses cheques ou a 'coincidência' foi feita depois, no depoimento do doleiro, para que valores citados nos depoimentos coincidissem com depósitos na conta do próprio doleiro, que já eram públicos - diz a nota.

O ex-prefeito Celso Pitta negou que esteja atrapalhando a investigação. Ele disse que, em julho do ano passado, o MP desmembrou o processo que envolvia o nome dele com o de Maluf, separando seu caso dos demais e que por isso não poderia interferir. Pitta negou conhecer Birigüi e declarou não ver razão para o pedido de prisão.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]