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A promotora Deborah Guerner usou uma arma de fogo como instrumento de simulação de doença mental, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Tudo começou quando um revólver calibre 38 foi entregue espontaneamente aos investigadores pelo marido dela, Jorge Guerner, em junho de 2010.

A alegação do casal era a de que a manutenção da arma, de propriedade da promotora, em casa, era um risco já que ela sofreria de transtornos mentais. "Visaria a garantir a integridade física dos ali presentes", diz o MPF. A precaução era necessária porque Deborah contou a peritos médicos judiciais que chegou a efetuar disparos em casa e na rua quando tinha crises nervosas.

Aos peritos, ela afirmou que "já efetuou disparos aleatórios em seu quarto depois de o marido lhe dirigir palavras em tom de voz alto". Outra vez, segundo ela, disparou contra um caminhão de mudança que não cumpriu o prazo de três dias para concluir um serviço. "Por este motivo disparou vários tiros no caminhão de mudança em direção à cabine", diz trecho da perícia.

O Ministério Público decidiu pedir à Polícia Federal uma análise técnica na arma e descobriu que o revólver não poderia efetuar disparos, contrariando a versão da promotora. "Foram efetuados testes de eficiência com as armas e munições recebidas. As tentativas de disparo com a arma questionada foram ineficientes, demonstrando que a arma não está em condições de ser utilizada para efetuar disparos", diz o laudo. "Foi constatado que o pino percutor foi alterado tornando seu curso insuficiente para se percutir a cápsula de espoletamento apropriadamente", explica o parecer técnico.

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