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O Movimento dos Sem-Terra (MST) não quer somente terras, mas também um novo modelo agrícola, integrado à natureza, que não trate os alimentos como mera mercadoria.

A ampliação dos objetivos foi confirmada ao fim do 13º Encontro Nacional do MST, ontem, em Sarandi (RS). Para conquistá-los, o movimento tem entre suas ferramentas as tradicionais invasões e manifestações públicas. E elas devem ser usadas muitas vezes em 2009, avisaram alguns líderes.

"Os fazendeiros que se cuidem porque nós vamos massificar a luta em 2009", afirmou, em entrevista coletiva, a líder Marina dos Santos. "A ocupação é nosso jeito de fazer greve", justificou Gilmar Mauro. "É com elas que identificamos áreas disponíveis e forçamos o governo a agir para cumprir a Constituição.

Em meio a críticas ao governo Lula, a quem acusam de priorizar o agronegócio exportador à reforma agrária, os 1.500 participantes do encontro também discutiram os possíveis efeitos da crise financeira internacional.

Concluíram que o modelo econômico adotado por quase todos os países "está no limite". Também previram que as fileiras do MST, que tem 120 mil famílias acampadas em diversas regiões do País à espera de assentamento, serão engrossadas. "Muitos trabalhadores que ficam desempregados podem, como forma de sobrevivência, se somar à luta do MST", avaliou Mauro.

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