• Carregando...

O Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiu duas fazendas e tentou ocupar uma terceira, em menos de três dias, em Minas Gerais. Na madrugada desta segunda-feira, em Januária, no norte do estado, a Fazenda Cruz foi invadida por 50 famílias sem-terra. Segundo a Polícia Militar, há um mês a Justiça concedeu a reintegração de posse ao dono da fazenda, mas o MST, que já havia desocupado a área, voltou a ocupá-la. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que a fazenda foi vistoriada, mas que o parecer dos engenheiros ainda não está pronto. A área, de aproximadamente 300 hectares, é considerada pequena, já que o módulo fiscal da terra, ou seja, a porção de terra suficiente para a subsistência de uma família, nessa região do estado, é grande.

Em Janaúba, na região norte do estado, houve uma tentativa frustrada de invasão também na madrugada desta segunda-feira. Segundo o MST, cem famílias se preparavam para ocupar a fazenda Angicos, mas foram recebidos a tiros por aproximadamente dez empregados. Dois integrantes do movimento ficaram feridos. O Incra informou que a área é formada por três fazendas de uma família e que ainda não foi feita a vistoria para avaliar a produtividade. Os dois homens feridos estão internados no hospital regional da cidade, mas não correm risco.

Na manhã de sábado, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, 300 sem-terra tomaram a sede da fazenda Nova Alegria de propriedade de Adriano Chafik, que já foi palco de um massacre em 2004. Segundo o Incra, não existe previsão de retirada das famílias. Uma comissão será formada por representantes dos governos estadual e federal e deverá buscar uma solução para o caso. O instituto informou que cerca de 500 hectares da fazenda foram desapropriados, mas o MST quer que toda a área se transforme em acampamento. Entretanto, para o Incra, os outros 500 hectares que compõem a área são produtivos. Segundo o instituto, a desapropriação só acontecerá se o Ministério Público (MP) determinar, tendo como base outros parâmetros que não sejam a produtividade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]