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Cerca de duas mil pessoas estão reunidas em 14 acampamentos na fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, região norte gaúcha. A ocupação é considerada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) "a maior dos últimos anos no estado".

- Desde o fim dos anos 90 o movimento não realizava no Rio Grande do Sul uma ocupação que reunisse tantas pessoas de diferentes acampamentos - explicou Ana Hanauer, da coordenação estadual.

Ela disse que esta ocupação tem um caráter diferente porque, além de unificar acampamentos, as famílias estão dispostas a permanecer na fazenda, transformando-a num assentamento, e conquistar áreas para todos os acampados.

- Uma prova de que a ocupação não pretende ser provisória é que as famílias estão construindo os barracos com madeira, não com lonas - afirmou a coordenadora, destacando que um dos primeiros barracos construídos foi o da escola itinerante.

Edenir Valssoler, da coordenação estadual, disse que o MST tem apenas uma reivindicação: o assentamento imediato das 2.500 famílias acampadas no Rio Grande do Sul.

-Algumas famílias estão há sete anos embaixo das lonas pretas. Nos últimos três anos somente 220 famílias foram colocadas em novos assentamentos no estado - afirma.

A superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Rio Grande do Sul (Incra/RS) acompanha o desenrolar dos acontecimentos, mas não quis se manifestar sobre a questão.

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