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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fechou convênio com quatro consórcios para o desenvolvimento de núcleos de fomento ao empreendedorismo juvenil. A medida pretende auxiliar jovens participantes dos Consórcios Sociais da Juventude que, após o término dos cursos, não conseguiram emprego com carteira assinada, mas manifestaram vontade para abrir um negócio próprio.

O Consórcio Social da Juventude é uma das modalidades do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego. O público-alvo é formado por jovens de 16 a 24 anos, de ambos os sexos, sem emprego e com defasagem escolar, que estejam em conflito com a lei, em situação de rua ou abandono familiar, com deficiências, afrodescendentes, indígenas e de outros segmentos sociais tradicionalmente excluídos das políticas públicas.

Durante quatro meses, enquanto freqüentam 400 horas/aula, os jovens recebem uma bolsa-auxílio, no valor mensal de R$ 150. Os cursos estão divididos em dois módulos. No módulo básico, os jovens têm acesso a noções de informática, educação ambiental, apoio à elevação da escolaridade, ética, cidadania, valores humanos, cooperativismo e economia solidária. No módulo específico, são oferecidas oficinas de acordo com a demanda do local.

Neste mês, de acordo com informações do MTE, serão destinados recursos da ordem de R$ 1 milhão aos Consórcios de Florianópolis, Porto Alegre, Santos e Salvador para a formação de cadeias produtivas compostas por jovens originários dos consórcios. O dinheiro deverá ser utilizado na capacitação dos jovens, aquisição de material de consumo e compra de equipamentos para o início da produção. Os empreendimentos estão em fase de planejamento e as atividades terão início em fevereiro.

Em novembro de 2005, o Ministério do Trabalho e Emprego renovou convênios com os consórcios de Guarulhos (SP), Distrito Federal e Entorno (DF) e Salvador (BA). Em 29 de dezembro último, foram firmados convênios com os consórcios do ABC (SP), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), São Paulo (SP), Natal (RN), Recife (PE), Teresina (PI), Londrina (PR) e Porto Alegre (RS). Além disso, terão início o consórcio rural de Instituto Aliança (BA) e o quilombola, em Alcântara (MA). Ao todo, 23.205 jovens serão beneficiados com a renovação dos convênios, que somam mais de R$ 45 milhões.

De acordo com o MTE, a cadeia produtiva de Florianópolis beneficiará diretamente 60 jovens e é composta por duas vertentes: confecção de pranchas de surf e acessórios da moda praia; e produção orgânica - lixo orgânico, húmus, plantas medicinais e/ou populares, legumes, verduras e grãos.

Em Porto Alegre, a ajuda para a montagem da cadeia produtiva de skate partiu de cinco das 25 entidades executoras do Consórcio. Cada uma será responsável por um segmento específico no processo de produção de equipamentos relacionados à prática do skate: calçados/tênis, pista, shape (a tábua de madeira do skate); mochilas e acessórios, e truck (peça de metal que sustenta o skate). Ao todo, 30 jovens serão beneficiados neste projeto de acordo com o MTE.

Na cidade de Santos (SP), a entidade âncora do Consórcio - Vila Ponte Nova Instituição Promocional (VIP) - está desenvolvendo a cadeia produtiva do bodyboard, com a confecção de pranchas, costura industrial, artesanato e grafite. O empreendimento terá a participação de 100 jovens da região.

Em Salvador, 125 jovens darão continuidade a algumas oficinas já oferecidas no Consórcio - bordado e costura, reciclagem, e eletricidade e mecânica. O objetivo é intensificar o aprendizado e formar núcleos de fomento ao empreendedorismo juvenil para a venda dos produtos confeccionados.

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