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O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, foi taxativo nesta sexta-feira (24) ao opinar sobre a regra do uso das passagens pelos congressistas. Para ele, que é deputado licenciado, se a regra permitia que os parlamentares usassem o dinheiro público para pagar bilhetes para seus familiares, ela tem que ser modificada.

"A regra, se existia, precisa mudar. Os tempos mudaram. Hoje, o nível de informação da sociedade, graças a Deus, é absoluto e não se aceita mais a forma que era. Não vamos discutir se está certo, se está errado. Precisamos virar a página e construir uma coisa nova", comentou.

Múcio disse que conversou com os líderes partidários na quinta-feira (23) e que todos eles concordam com a emissão de passagens com dinheiro público apenas para deputados e senadores. "Sei bem a posição dos líderes. Ontem [quinta-feira], conversei com cada líder todos achando que a posição devia ser semelhante à do Senado, onde a passagem devia ser só para o parlamentar", disse após participar da tradicional reunião de coordenação do governo.

O ministro disse que há apenas casos isolados na Câmara de deputados que resistem à mudança da regra e que a decisão em plenário é uma prerrogativa do presidente da Casa, o deputado Michel Temer (PMDB-SP).

Múcio disse que não comentou com o presidente durante a reunião de coordenação sua posição pessoal de defender um reajuste no salário dos parlamentares. O ministro acha que eles precisam de "um salário mais compatível"

"Não comentamos [o aumento de salário]. Falamos dos periféricos que existem em torno do salário do deputado, mas foi um comentário meu. Não acho justo que esses salários sejam todos atrelados, que a Câmara municipal, a Câmara de São Paulo e uma do interior de um estado do Nordeste tenham as mesmas motivações para aumentar ou diminuir e nem tenham seus tetos vinculados. Não sei se é oportuno falar sobre essas coisas agora. Primeiro tem que resolver essa questão das passagens, criar novas regras, colocar as contas na Internet para que as pessoas vejam verdadeiramente o que é que um deputado faz ou não faz", analisou o ministro.

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