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Anna Petta: vida independente do marido, o ministro Orlando Silva | Greg Salibian/Folhapress
Anna Petta: vida independente do marido, o ministro Orlando Silva| Foto: Greg Salibian/Folhapress

Parte da verba federal que a atriz Anna Cristina Lemos Petta, mulher do ministro do Esporte, Orlando Silva, recebeu para um trabalho de pesquisa para a ONG Via BR, comandada por filiados do PCdoB, foi devolvida nove meses após assinatura do contrato com a entidade. A informação foi publicada ontem pelo jornal O Estado de São Paulo – o veículo obteve documentos que mostram o contrato entre as partes.

Em novembro de 2010, a Via BR recebeu R$ 278,9 mil do Ministério da Justiça para produzir um documentário sobre a Comissão da Anistia. Em seguida, a entidade subcontratou a Hermana, empresa de produção cultural, criada pela mulher do ministro e sua irmã, Helena, para prestação de serviços de assistência de pesquisa. O valor contratado foi de R$ 43,5 mil, sendo R$ 5,7 mil correspondentes à parcela oferecida como contrapartida da ONG.

Ressarcimento

No mês passado, Anna Petta ressarciu o pagamento em valor inferior, de R$ 32,1 mil, ao tomar conhecimento, segundo ela, de que a Via BR tinha contratos com a pasta comandada pelo marido. Dirigida por Adecir Mendes Fonseca e Delman Barreto da Silva, filiados ao PCdoB, a entidade foi contratada em maio de 2010 pelo Ministério do Esporte para promover a participação social na 3.ª Conferência Nacional do Esporte, por R$ 272 mil. Sobre a diferença de R$ 11,4 mil a menos, Anna disse ao jornal que não sabe explicar o motivo.

Na última sexta-feira, Anna Petta disse para a reportagem que concluiu o trabalho com a Via BR e que não sabia do convênio com o Ministério do Esporte, alegando ter uma vida independente da do marido. A atriz enviou cópia do depósito bancário, confirmado na noite de sexta-feira pelo Ministério da Justiça. Em nota, a pasta informou que "não há contrato direto do Ministério da Justiça com a Hermana Filmes ou com Anna Cristina Lemos Petta".

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