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Atualizado em 18/12/2006, às 17h54

O deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) está internado no Hospital Bahia, em Salvador, sob observação médica, depois de receber uma facada nas costas. Ele não corre risco de morte. Na manhã desta segunda, quando deixava seu escritório no bairro da Pituba, na capital baiana, uma mulher se aproximou e desferiu uma facada do lado direito das costas do deputado, neto do senador e ex-governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães (PFL). O deputado estava acompanhado de um assessor, quando a mulher, identificada como Rita de Cássia Sampaio, 45 anos, se aproximou e desferiu um golpe.

O ferimento foi superficial, mas o deputado, que está consciente e conversando, só deve deixar o hospital amanhã (terça, 19). O hospital deve divulgar um boletim médico sobre o estado de saúde de ACM Neto às 17h (horário de Brasília).

A agressora está presa na 16ª Delegacia de Polícia de Salvador. Ao depor à polícia, ela pareceu confusa e apresentou versões diferentes sobre o episódio.

Bruno Reis, o assessor parlamentar que estava ao lado de ACM Neto no momento da agressão, afirmou que eles estavam entrando no carro quando a mulher se aproximou. Segundo Reis, antes de golpear o deputado com a faca, ela disse que o "amava".

"Ela aparentava não tem noção das coisas. Não justificou e não disse de onde vinha. Chegou a dizer que o amava", declarou Reis.

Transtornada

O delegado Wilson Gomes, da 16ª DP, que apura o caso, disse que a mulher demonstrava estar transtornada, mas, apesar disso, foi autuada em flagrante por tentativa de homicídio. "Ela parecia surtada", afirmou o delegado.

Segundo Gomes, o crime ocorreu às 12h40. Moradora de Ipiaú (a 355 km de Salvador), Rita de Cássia estava em Salvador desde sexta-feira, hospedada na casa de uma amiga. Nesta segunda, de acordo com o delegado, ela chegou às 9h ao prédio onde fica o escritório do deputado e ficou à espera dele.

"Aparentemente, ela premeditou tudo. Esperou o deputado descer do escritório e o atacou com uma peixeira", disse o delegado Gomes.

FGTS

De acordo com o delegado, a mulher apresentou "um motivo fútil" para o crime -- uma suposta promessa não cumprida pelo parlamentar de liberar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que ela esperava receber.

Até a tarde desta segunda, nenhum parente havia procurado a mulher, que irá para o Presídio Feminino de Salvador.

ACM

"Foi uma mulher louca, que não merece comentários", afirmou o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), avô de ACM Neto, momentos antes de subir à tribuna do Senado, em Brasília, para discursar contra reportagem da revista "IstoÉ", que afirma que o senador está em processo de declínio e "perde poder a cada dia".

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